Protesto da Jewish Voice for Peace na Trump Tower contra prisão do ativista Mahmoud Khalil. Foto: Timothy A. Clary/AFP

Manifestantes judeus promoveram um protesto nesta quinta (13) na Trump Tower, em Nova York (EUA), contra a prisão de Mahmoud Khalil, estudante da Universidade de Columbia e ativista pró-Palestina. O ato foi organizado pelo Jewish Voice for Peace (Voz Judaica para a Paz, em português).

Os ativistas usaram camisetas vermelhas com a frase “Judeus dizem para parar de amar Israel”, ergueram cartazes com mensagens como “lute contra os nazistas, não contra estudantes” e gritaram “nunca mais para ninguém, nunca mais é agora”, frase que faz referência ao compromisso para que o Holocausto nunca se repita.

“Não ficaremos parados enquanto esse regime fascista tenta criminalizar os palestinos e todos aqueles que pedem o fim do genocídio do povo palestino financiado pelos EUA pelo governo israelense. E nunca pararemos de lutar por uma Palestina livre”, afirmou Jewish Vice for Peace em nota.

Para os manifestantes, a prisão do ativista é um ataque à liberdade de expressão. A polícia de Nova York foi acionada e prendeu alguns ativistas.

Khalil foi preso no último sábado (8) por agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE). Ele estava em um apartamento, de propriedade da Universidade de Columbia, quando foi detido e informado que seu visto de estudante havia sido revogado.

Ele é casado com uma mulher que possui cidadania no país e está grávida de oito meses. Ela fez um apelo na última terça (11), por meio de sua advogada, Amy E. Greer, e pediu a liberação. “Preciso da sua ajuda para trazer Mahmoud para casa, para que ele esteja ao meu lado, segurando minha mão na sala de parto, enquanto damos as boas-vindas ao nosso primeiro filho neste mundo. Por favor, libertem Mahmoud agora”, afirmou.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou que a prisão do ativista “é a primeira de muitas que virão” e alegou que existem estudantes de universidades americanas envolvidos com “atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas”.

O juiz distrital Jesse Furman barrou a deportação de Khalil temporariamente na última segunda (10) e ordenou que o processo não seja adotado até a análise de uma ação judicial de seus advogados, que pedem para que ele seja liberado sob supervisão. Os defensores alegam que o ativista fez uso da liberdade de expressão e que sua prisão é uma retaliação do governo americano.

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Last Update: 13/03/2025