Nesta segunda-feira (1º), Jair Renan, o filho do ex-presidente, foi exonerado do cargo comissionado no gabinete do senador Jorge Seif para disputar as eleições municipais em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Desde março de 2023, Renan recebia um salário mensal de R$ 11,6 mil como auxiliar parlamentar pleno de Seif. O cargo comissionado permitia que o filho do ex-presidente trabalhasse no escritório de apoio em Balneário Camboriú, cidade onde agora busca uma vaga na Câmara Municipal pelo Partido Liberal.
Em março deste ano, Renan decidiu entrar na política e anunciou sua filiação ao PL e sua pré-candidatura a vereador na cidade do litoral norte catarinense, ao lado do governador Jorginho Mello.
Nos últimos meses, Renan tem se encontrado com lideranças locais e políticos de extrema-direita da região, incluindo prefeitos, vereadores e figuras como os deputados Zé Trovão, Júlia Zanatta e Caroline de Toni, todos do mesmo partido.
Entre as pessoas com influência no estado próximas ao pré-candidato está Emílio Dalçóquio Neto, empresário apontado pela Polícia Rodoviária Federal como um dos financiadores dos bloqueios golpistas após as eleições de 2022, e seu padrinho político. A investigação sobre o empresário foi enviada ao Supremo Tribunal Federal.
Renan enfrenta investigações por suposto uso de documento com informações falsas para obter empréstimo bancário não pago e foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal por crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Além disso, ele é investigado por tráfico de influência durante o governo do pai, acusado de receber benefícios como um carro elétrico para favorecer empresários do setor de mineração. O caso envolve um veículo avaliado em R$ 90 mil à época.
