O tempo está se escoando e, aqui e ali, surgem declarações políticas que negam a existência de um golpe, no sentido absoluto da palavra, e tampouco uma adesão em massa das três forças militares à sua consecução.
Até agora, a iniciativa, que também foi amplamente discutida sobre uma tentativa de assassinato de três personalidades, em dezembro de 2022, perdeu força por falta de evidências mais convincentes e pelo excesso de lacunas nos atos supostamente cometidos e que estão assinalados pelas liberações seletivas da PF, tanto de gravações de vozes de alguns dos militares, já presos como, de enredos engendrados.
O melhor que poderia acontecer ao país seria a liberação imediata à sociedade, desse relevante inquérito da PF, com mais de 800 páginas e guardado à sete chaves, fonte da base legal que sustentou o indiciamento de 37 pessoas, encabeçado pelo ex-presidente Bolsonaro.
O impacto da notícia na semana passada, que deixou pessoas perplexas, está perdendo substância à medida que toma forma narrativas conflituosas entre si.
É o pecado da informação qualificada vir à tona em pílulas. A população precisa saber de tudo o que a PF já apurou sob pena de versões estapafúrdias dominarem a cena política.