Caso Gritzbach: Mandante da morte de delator do PCC era dono de rádio na Paulista

O narcotraficante Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Bill ou Cigarreiro, foi apontado como o mandante do assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, morto com tiros de fuzil no aeroporto de Guarulhos. Com informações do Uol.

A vítima, que era um delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) e de policiais civis corruptos, foi alvo de uma execução orquestrada por Cigarreiro, acusado de ser ligado tanto ao PCC quanto ao CV (Comando Vermelho) do Rio de Janeiro.

Cigarreiro, que está com a prisão temporária decretada pela Justiça, encontra-se foragido. Recentemente, durante uma operação de busca e apreensão em um imóvel relacionado ao narcotraficante, a Polícia Civil e a Polícia Federal descobriram que ele gerenciava uma rádio FM no 12º andar de um prédio localizado na avenida Paulista, um dos principais cartões postais de São Paulo.

Em 13 de fevereiro deste ano, os investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriram mandados de busca no Condomínio Edifício Parque Avenida. Ao chegarem no 12º andar, onde estava a rádio, descobriram que o local estava desocupado desde dezembro de 2024, com sinais claros de abandono.

No entanto, os agentes apuraram que Cigarreiro frequentava o imóvel regularmente e que era uma espécie de gerente da emissora. Kauê do Amaral Coelho, outro procurado, também esteve frequentemente no local e é apontado como o olheiro responsável por avisar aos atiradores sobre o momento exato em que Gritzbach deixava o aeroporto, facilitando sua execução.

A funcionária do edifício confirmou que a emissora operava no 12º andar e informou que a rádio, “Rádio Número 1 de São Paulo”, interrompeu suas atividades em dezembro. A rádio, que começou suas transmissões em abril de 2024, inicialmente tocava gêneros populares como hip hop, funk e rap, mas em agosto daquele ano passou a operar de forma diferente, com programação via web.

A localização da rádio e os envolvidos nas operações, como Cigarreiro e Kauê, são pontos centrais da investigação em andamento. Ambos estão foragidos e com prisões temporárias decretadas. O caso segue sendo investigado pelas autoridades, que tentam localizar os responsáveis pelo assassinato e outros crimes relacionados ao tráfico de drogas e à organização criminosa.