O governo de Israel suspendeu a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza após o fim do cessar-fogo com o Hamas, intensificando a crise humanitária no território palestino. A decisão, anunciada neste domingo (02), levanta preocupações sobre o acesso da população local a alimentos, água potável e medicamentos, itens já escassos após meses de conflito.

De acordo com organizações internacionais, a interrupção da assistência agrava ainda mais a situação dos civis em Gaza, onde milhares de deslocados internos dependem exclusivamente da ajuda externa para sobreviver. O bloqueio impacta diretamente a distribuição de suprimentos essenciais, deixando hospitais sem insumos básicos e comprometendo a assistência médica a feridos e doentes.

Israel não aceita acabar com a guerra, entenda

A retomada dos bombardeios israelenses e o colapso das negociações por uma nova trégua ampliam o cenário de instabilidade na região. O acordo de cessar-fogo tinha o prazo para acabar neste sábado (01), e o Hamas queria dar início à segunda fase do cessar-fogo, uma etapa nova com condições que incluíam o avanço das medidas para chegar ao fim permanente da guerra.

Mas o governo de Israel não quis dar início à segunda etapa de cessar-fogo, nas condições de findar a guerra propostas pelo Hamas, e enviou outra proposta de somente prolongar a trégua por mais 42 dias, que incluiriam o mês sagrado islâmico do Ramadã e o feriado judaico da Páscoa.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu que, com o fim da primeira etapa do cessar-fogo, os ataques voltariam e a ajuda humanitária enviada à região será impedida.

A decisão de Netanyahu

“Com a conclusão da Fase A do acordo de reféns, e à luz da recusa do Hamas em aceitar a estrutura de Witkoff para continuar as negociações – com as quais Israel concordou – o Primeiro-Ministro Netanyahu decidiu que, a partir desta manhã, toda a entrada de bens e suprimentos na Faixa de Gaza será interrompida”, informou o gabinete do governo de Israel.

Autoridades palestinas denunciam que a suspensão do auxílio humanitário faz parte de uma estratégia de cerco e punição coletiva contra a população de Gaza. Enquanto isso, diplomatas internacionais tentam reverter a decisão e pressionam Israel a restabelecer os corredores de ajuda emergencial.

A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos da crise, enquanto organismos como a ONU alertam para o risco de agravamento da catástrofe humanitária. Sem uma solução imediata, Gaza enfrenta dias ainda mais sombrios, com a população à mercê da escassez e da violência em meio a um conflito sem perspectivas claras de resolução.

Este texto foi escrito com auxílio de I.A. e editado pelo time de jornalistas do GGN.

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Last Update: 02/03/2025