No próximo dia 2 de março, Maria Beltrão comandará a transmissão do Oscar 2025 na Globo. O Brasil disputa a maior premiação do Cinema mundial em três categorias com o filme Ainda Estou Aqui, que apresenta duras lembranças do período da Ditadura Militar. Curiosamente, a jornalista é filha de Hélio Beltrão, ministro do ditador Costa e Silva.
O filme, uma produção da Globoplay, pode se tornar a primeira obra brasileira a conquistar um prêmio da Academia Americana. Ironicamente, os militares contaram com o apoio total do grupo Globo para instaurar seu regime ditatorial no país e, em retribuição, concederam à emissora de Roberto Marinho diversas facilidades, consolidando-a como o maior grupo de comunicação do Brasil.
Morto em 1977, o economista foi um dos signatários do Ato Institucional Número Cinco. As consequências do AI-5 envolvem censura, tortura e morte aos opositores da ditadura, o que acabou acontecendo com o ex-deputado Rubens Paiva, marido de Eunice Paiva, cuja história é narrada no longa de Walter Salles.
Além de ter sido Ministro do Planejamento durante a ditadura militar, no governo de Costa e Silva e da junta militar de 1969, Hélio Beltrão também atuou no governo de João Figueiredo.
Nessa outra gestão, ele ocupou o cargo de ministro na pasta da Previdência Social e da Desburocratização. O administrador também foi presidente da Petrobrás e acionista minoritário e executivo do Grupo Ultra.
Além de Maria Beltrão, ele também é pai do presidente do Instituto Mises Brasil, Hélio Coutinho Beltrão. Também conhecida como Instituto Ludwig von Mises de Economia Austríaca, a instituição tem sede no Alabama, nos Estados Unidos.
O instituto é definido como um centro para a economia austríaca, o pensamento libertário de direita e os movimentos paleolibertários e anarcocapitalistas nos Estados Unidos, inspiradores de grupos como o MBL e de pessoas como Javier Milei.
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