O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu nesta quinta-feira (29) mais uma etapa do programa Terra da Gente, que tem o objetivo de facilitar e agilizar a reforma agrária. Para criar o novo assentamento, chamado Maila Sabrina, o governo destinou uma área de 10,6 mil hectares para 450 famílias.
Esta é a segunda entrega de assentamento em menos de uma semana. No dia 24, Lula anunciou o investimento de R$ 42,8 milhões em assentamentos, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias agricultoras do Mato Grosso.
“Temos a obrigação moral, obrigação ética e obrigação política de ver o que a gente viu aqui e que são contra aqueles que são contra o Movimento sem Terra, que são contra a reforma agrária, aqueles que não conhecem o sacrifício e tentam vender a imagem de que vocês são invasores de terra. Na verdade, vocês são invasores de busca de dignidade, de busca de respeito, de busca de direito que vocês têm de ter”, afirmou o presidente.
Lula defendeu ainda o estímulo à produção de pequenas famílias no campo. “Quanto melhor produzir, o alimento fica mais barato e todo mundo vive, porque não é possível o mundo ter 733 milhões que não consomem em um mundo que produz mais alimento que o povo pode consumir.”
O presidente afirmou ainda que a reforma agrária é a melhor forma de por fim à violência no campo. Por isso, o governo está disponibilizando “em uma prateleira” as terras em litígio com banco, que têm dívidas públicas ou que pertencem à União para ofertar aos sem terra.
Desmonte
Lula aproveitou o discurso ainda para lembrar que assumiu um país falido deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que, por isso, medidas como a oferta de terras aos pequenos produtores demorou, afinal o Incra foi desmontado.
O chefe de Estado apontou ainda que encontrou, no início do mandato, 87 mil unidades do Minha Casa Minha Vida sem conclusão, três mil obras de creches paralisadas há mais de oito anos e conjuntos habitacionais iniciados em 2013 que só foram entregues este ano pelo Planalto. “País destruído”, afirmou Lula.
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