Nesta quarta-feira (19), as forças israelenses de ocupação desataram nova invasão terrestre contra a Faixa de Gaza, com suas forças avançando no Corredor Netzarim, região central do enclave, chegando até a estrada de Saladino, que corta o território de norte a sul, passando pelo centro do corredor.
Conforme informações, os militares israelenses começaram a construir barreiras para cortar o acesso dos palestinos do norte ao sul, e vice-versa.
A nova invasão é acompanhada de declarações criminosas por parte de Israel Katz, ministro da “Defesa” de “Israel”. Tentando aterrorizar os palestinos para voltá-los contra o Hamas, principal organização da resistência, Katz declarou: “moradores de Gaza, este é um aviso final. Os ataques da Força Aérea contra terroristas do Hamas foram apenas o primeiro passo. Vai se tornar muito mais difícil e vocês [civis de Gaza] pagarão o preço total”, acrescentando que “a evacuação da população das zonas de combate começará novamente em breve” e que “Israel operará com uma força que você ainda não viu”.
Fazendo referência a Donald Trump e seu plano de expulsão dos palestinos de Gaza, Katz ainda disse para os palestinos “seguirem o conselho do presidente dos EUA. Devolva os reféns e remova o Hamas, e outras opções se abrirão para você, incluindo ir para outros lugares do mundo para aqueles que quiserem”, acrescentando que a “alternativa é destruição absoluta”.
A nova invasão ocorre poucos dias depois de “Israel” ter retomado a guerra contra Gaza, violando completamente o cessar-fogo. A retomada da agressão genocida foi realizada com dezenas de bombardeios, que resultaram, em poucas horas, no assassinato de mais 400 palestinos e no ferimento de quase 700, a maioria crianças, mulheres e idosos.
Logo após o término dos bombardeios,Katz declarou que os “portões do inferno se abrirão em Gaza” se os prisioneiros israelenses não forem soltos e que “não pararemos de lutar até que todos os nossos reféns estejam em casa e tenhamos alcançado todos os objetivos da guerra”. No mesmo sentido foi a declaração de Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro sionista, que disse que “Israel, a partir de agora, agirá contra o Hamas com força militar crescente”.
Na terça-feira (18), a missão diplomática da Rússia nas Nações Unidas (ONU) já havia revelado ter “informações de que o exército israelense está se preparando para uma operação terrestre na Faixa de Gaza”, denunciando que “a situação está piorando devido à recusa de ‘Israel’ em prover as necessidades de um povo sob ocupação. Proteger civis não está entre os princípios e métodos do exército israelense”.
