O atacante do Flamengo, Gabriel Barbosa, o Gabigol, enfrentou mais um desenvolvimento em seu caso envolvendo uso de substâncias proibidas, apesar de seu teste não ter dado resultado positivo.
O caso tem sido prolongado há mais de um ano e o jogador, apesar do resultado negativo do teste, foi acusado de dificultar sua realização. Segundo os responsáveis pela coleta, sua atitude configura como “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle”, o que se enquadra no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem.
Gabigol, segundo esses relatos, demorou para realizar os exames, foi o último dentre todos os jogadores da equipe, não cumpriu corretamente as instruções e tratou a equipe responsável pela coleta com desrespeito.
A atitude do jogador pode ser questionada, caso sejam verídicos esses relatos que prevaleceram na acusação, o problema está na punição que tentam aplicar a ele, que é a suspensão por dois anos de banimento do futebol, pena defendida pela Associação Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), em processo levado adiante pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), o tribunal internacional para assuntos esportivos.
O último desenvolvimento, se deu pelo fato da anulação de parte do processo pelo CAS, tendo o efeito suspensivo do mesmo anulado, o que significa que a suspensão das atividades esportivas de “Gabigol”, previstas para durarem até abril de 2025, voltam a vigorar. Dessa maneira, o jogador e o clube devem tomar outras medidas em relação à defesa do atacante.
O julgamento pelo qual o jogador deve passar também não é nada democrático, seu funcionamento consiste na decisão de três árbitros, um deles indicado pela defesa de Gabigol, outro pela ABCD e um terceiro pelo próprio tribunal. Sendo assim, a decisão sempre tende a ser desfavorável ao acusado.
Enquanto o processo atual ocorre, o flamenguista está impedido de comparecer ao centro de treinamento do clube e dos jogos da equipe, sendo obrigado a treinar em casa.
Fica claro que se trata de mais um ataque ao nosso futebol, quando escândalos reais como os envolvendo a arbitragem e o VAR e a escalação fraudulenta da seleção brasileira, vemos o esforço de órgão nacionais, por meio de um tribunal internacional em afastar do futebol um dos maiores destaques em atuação no Brasil.
Gabigol vive ótima fase como jogador na equipe que possui uma maior torcida do Brasil e disputa as primeiras posições do Brasileirão e está na fase de mata-mata da Libertadores deste ano.
O afastamento do jogador, que primeiramente o impede de trabalhar, sendo uma punição individual criminosa, ainda prejudica sua equipe e todo o futebol nacional, que ainda resiste, mesmo debaixo de intensos ataques.
