Na semana passada, países-membros da União Europeia (UE) receberam um relatório do Serviço Europeu para a Ação Externa que cita “indícios” de que Israel não está respeitando os direitos humanos em Gaza.
O documento destaca entre os atos de violação ataques indiscriminados contra civis e infraestrutura de saúde, além do bloqueio israelense à entrada de alimentos e suprimentos médicos na Faixa.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, ao chegar a Bruxelas para participar de uma cúpula do bloco nesta quinta-feira (26/06), disse que era “mais do que óbvio que Israel está violando o Artigo 2º do acordo UE-Israel”.
Esse artigo impõe às partes o dever de basear suas relações no “respeito pelos direitos humanos e princípios democráticos, que orienta sua política interna e externa e constitui um elemento essencial” do acordo.
“Tivemos 18 pacotes de sanções contra a Rússia por sua agressão [à Ucrânia], e a Europa, com seus critérios inconsistentes, não é capaz de suspender um acordo de associação”, disse o premiê espanhol.
Além da Espanha, apenas a Irlanda defende cortar relações com Tel Aviv. Ambos estão isolados em um bloco majoritariamente pró-Israel, que necessita de aprovação unânime para cessar o acordo com o país.