A tensão entre Israel e Irã atingiu um novo patamar nesta sexta-feira (13), após uma série de ataques coordenados do governo israelense contra quase 100 alvos em território iraniano, incluindo instalações militares, nucleares e a capital Teerã. O Irã classificou a ofensiva como “declaração de guerra” e retaliou com o lançamento de cerca de 100 drones, que até o momento não causaram danos em solo israelense.

O ataque israelense resultou na morte de figuras de alta patente, como o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri. Também foram mortos dois cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.

Ação do Mossad e operação de precisão inédita

Antes dos bombardeios, operações secretas do Mossad, o serviço de inteligência israelense, enfraqueceram as defesas aéreas iranianas com o uso de tecnologia avançada. Comandos infiltrados implantaram armamentos de precisão próximos a sistemas de mísseis terra-ar, além de estabelecerem uma base de drones nos arredores de Teerã.

Vídeos divulgados pelo próprio Mossad mostram as ações, algo raro segundo agências internacionais. Uma fonte de segurança israelense declarou à Reuters que a missão foi desenhada para “destruir a capacidade de resposta do Irã“.

ONU reage: reuniões de emergência são convocadas

Diante da escalada, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) convocou para a próxima segunda-feira (16) uma reunião extraordinária de seu Conselho de Governadores, em Viena, a pedido do Irã. A sessão começa às 10h, horário local (5h de Brasília), e deverá focar nos riscos à segurança nuclear decorrentes dos ataques.

Ainda nesta sexta, o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne a pedido de Teerã, que acusa Israel de um “flagrante ato de agressão” e de violar sua soberania nacional. A carta enviada pelo Irã à ONU reforça o apelo por uma resposta urgente da comunidade internacional.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os ataques de Israel ao Irã pedindo “máxima contenção” aos dois lados, em comunicado divulgado pelo seu porta-voz.

Netanyahu: “Momento decisivo para Israel”

Em pronunciamento pré-gravado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país enfrenta um “momento decisivo de sua história” e que os ataques continuarão “por quantos dias forem necessários”. Segundo ele, o objetivo é conter “a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel“.

O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, afirmou que a ofensiva pode durar “dias ou semanas” e evitou fazer previsões sobre o desfecho do confronto.

Pressão global e risco de confronto nuclear

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, negou qualquer envolvimento norte-americano na operação. Ainda assim, o presidente Donald Trump voltou a pressionar Teerã por um novo acordo nuclear, alertando: “Antes que não sobre mais nada”.

Segundo fontes militares israelenses, o Irã já possui urânio enriquecido suficiente para fabricar armas nucleares em questão de dias, o que agrava o temor de uma guerra com dimensões globais. Em comunicado, a embaixada de Israel no Brasil classificou o Irã como “principal patrocinador do terrorismo mundial”.

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Last Update: 13/06/2025