Por Felipe Borges
Michelle Bolsonaro (PL) provocou repercussão nas redes sociais ao comentar os protestos bolsonaristas que paralisaram a Câmara dos Deputados por mais de 30 horas na última semana.
Em um vídeo publicado nesta sexta-feira (8), a ex-primeira-dama afirmou, na legenda, que a deputada Camila Jara (PT-MS) teria “avançado, violentamente, sobre as partes íntimas” do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a confusão no plenário.
A suposta agressão teria ocorrido enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentava reassumir sua cadeira na Mesa Diretora após dois dias de ocupação por deputados aliados de Jair Bolsonaro.
A mobilização foi uma reação à prisão do ex-presidente e uma tentativa de pressionar pela aprovação de pautas de interesse do grupo, como a anistia ampla, o impeachment de Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado.
A assessoria de Camila Jara negou veementemente qualquer tipo de agressão. Em nota, a equipe da deputada explicou que ela apenas afastou Nikolas durante o tumulto generalizado, o que poderia ter causado algum desequilíbrio, mas “não houve qualquer tipo de ataque”. Camila também destacou que não derrubou Nikolas com um soco, lembrando que possui 1,60 metro de altura, 49 quilos e está em tratamento contra um câncer.
Quem é Camila Jara?
Camila Jara é uma das figuras em ascensão no PT (Partido dos Trabalhadores) e se tornou a deputada federal mais jovem eleita pelo Mato Grosso do Sul. Com 30 anos, está em seu primeiro mandato na Câmara, após conquistar 56.552 votos nas eleições de 2022.
Antes de chegar ao Congresso, Camila se destacou na política local: em 2020, foi eleita vereadora em Campo Grande, sendo a única mulher na Câmara Municipal naquele ano. Em 2024, disputou a prefeitura da cidade, mas não conseguiu se eleger.
O episódio reforça a tensão política que ainda persiste no país, com acusações graves e confrontos diretos entre aliados e opositores do ex-presidente.
