O governo da Venezuela, através de seu vice-presidente setorial de Defesa e Soberania, Vladimir Padrino López, anunciou neste domingo (7), um reforço significativo no envio operacional da Força Armada Nacional Bolivariana em vários estados, regiões costeiras, fluviais e fronteiriças estratégicas do país.
A medida, ordenada diretamente pelo presidente do país, Nicolás Maduro, tem como objetivo fortalecer a “defesa da soberania nacional” e combater “atividades ilícitas como o narcotráfico”. Trata-se, obviamente, de uma resposta ao envio de navios de guerra por parte do governo norte-americano.
Em uma mensagem dirigida ao povo venezuelano, o ministro Padrino López detalhou o alcance do reforço militar, aplicado para estados como Zulia, Falcón, Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro, assim como outros do leste do país.
“Nosso Comandante-chefe nos ordenou um reforço em todo este setor, em toda a Guajira venezuelana e no estado Falcón, especialmente na península de Paraguaná”. Da mesma forma, o reforço se estenderá ao leste do país: “nosso Comandante-chefe quer que façamos o mesmo em Margarita, Nueva Esparta, no estado Sucre e também no estado Delta Amacuro”.
O reforço se soma a um envio já considerável na zona ocidental, como destacou o ministro: “lembrem-se bem que aqui temos na zona de Paz Número 1, que compreende os estados Táchira e Zulia, onde temos efetivos importantes”.
Padrino López explicou que, com a medida, a Venezuela alcançará um total de 25 mil efetivos bem equipados com meios navais, fluviais e veículos aéreos não tripulados (VANTs) na região, enquanto anteriormente tinha 10 mil efetivos.
“Vamos fazer um reforço com todos os meios disponíveis. A Marinha Bolivariana continua seu envio nos espaços marítimos, na fachada caribenha e na fachada atlântica.”
Padrino López concluiu com uma mensagem de determinação: “ninguém virá fazer o trabalho por nós, ninguém pisará nesta terra para fazer o que nos compete fazer. Assim, estamos em perfeita sintonia com o povo e seu desejo de paz e de vitória. Paz e vitória”.
Diante das ameaças dos Estados Unidos e seus recentes envios de interferência, que incluem cerca de 4.500 efetivos americanos, sete navios de guerra e um submarino de ataque de propulsão nuclear em águas caribenhas; pelo menos 8 milhões de venezuelanos se alistaram na Milícia Nacional Bolivariana para se somar ao sistema defensivo do país.
Diante deste cenário extremamente preocupante, a mobilização internacional em defesa da Venezuela adquire uma importância ainda maior. Defender a Venezuela é defender o Brasil.
O primeiro passo para essa mobilização será o ato convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO) em defesa da Venezuela e de todos os povos oprimidos em luta contra o imperialismo. O ato ocorrerá no dia 13 de setembro, em São Paulo, na Academia Paulista de Letras.
Participe!