O Partido da Causa Operária (PCO) anunciou que o programa de formação política da 51ª Universidade Marxista terá início no próximo dia 25 de janeiro. Reconhecido como o mais completo da esquerda brasileira, o programa trará uma análise aprofundada sobre a crise que ameaça a dominação imperialista. Com o tema central “Elementos fundamentais da crise mundial”, o curso promete uma abordagem rigorosa e embasada nos fundamentos do marxismo, conduzida pelo presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta.
A programação inclui a análise de eventos e conjunturas que demonstram o enfraquecimento da hegemonia imperialista. Entre os tópicos a serem explorados estão a derrota dos Estados Unidos no Afeganistão, os levantes em países africanos contra o domínio estrangeiro e o fortalecimento de um bloco anti-imperialista liderado por Rússia, China e Irã.
Com encontros semanais e formato online, o curso é aberto a todos interessados em entender os mecanismos da crise imperialista e o papel do Brasil nesse cenário. As inscrições já estão disponíveis no sítio oficial da Universidade Marxista e serão fundamentais para um aprofundamento da compreensão sobre a situação da América Latina, marcada por uma nova onda de golpes, e também para o quadro geral da atual etapa da crise global, fornecendo as ferramentas teóricas necessárias para orientar a luta política contra a ditadura mundial.
Sinais de uma grande guerra
A crise do imperialismo, tema central do curso, é cada vez mais evidente nos conflitos que se desenrolam em arenas internacionais. Um exemplo recente é a COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, que escancarou o antagonismo entre países imperialistas e nações atrasadas. Enquanto os primeiros insistiam em medidas que restringem o desenvolvimento econômico sob o pretexto de metas ambientais, os países atrasados denunciaram a manipulação do debate. A demagogia ecológica usada para justificar a continuidade do saque imperialista foi amplamente criticada, expondo a hipocrisia das potências dominantes.
As tensões também são perceptíveis no âmbito militar. A OTAN, sob o comando dos Estados Unidos, já direciona sua estratégia econômica e logística para um cenário de guerra, reforçando alianças militares e reposicionando tropas em regiões estratégicas, como o Indo-Pacífico. Relatórios apontam que Washington e Tóquio elaboram planos conjuntos que incluem o envio de tropas e sistemas de mísseis para a região, com foco em um possível confronto com a China. Esses movimentos militares deixam claro que o imperialismo está disposto a escalar os conflitos para manter seu domínio global.
A postura de países como Rússia, China e Irã reflete uma oposição crescente a essa política de agressão. Recentemente, Moscou sinalizou que pode posicionar mísseis de curto e médio alcance no Pacífico em resposta às provocações norte-americanas. Esses acontecimentos reforçam a tese de que o mundo caminha para uma polarização mais intensa, que pode culminar em um conflito de proporções globais.
No cenário atual, a resistência ao imperialismo ganha força entre os países atrasados. As denúncias de nações como Índia, Nigéria e Bolívia contra a farsa dos acordos climáticos são apenas um exemplo de como os oprimidos estão se organizando para enfrentar a opressão econômica e militar. Na África, a crescente rejeição à dominação imperialista é acompanhada por uma radicalização política que não aceita mais a condição de subserviência.
Essa resistência não é apenas uma reação aos abusos históricos, mas também uma expressão da crise interna dos próprios países imperialistas. A militarização das relações internacionais e o colapso dos acordos diplomáticos demonstram a incapacidade do imperialismo de sustentar seu domínio sem recorrer à força bruta. Contudo, a escalada dos conflitos também revela a fragilidade do sistema, que depende cada vez mais de medidas desesperadas para se manter.
Inscreva-se na Universidade Marxista
Diante desse cenário, a compreensão teórica da crise imperialista e das possibilidades de transformação é mais necessária do que nunca. A Universidade Marxista oferece uma oportunidade única de aprofundar esse entendimento. Para se inscrever no curso, basta acessar o sítio oficial da plataforma Universidade Marxista.