Depois de sofrer um ataque no último sábado, Donald Trump foi oficializado como candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, durante convenção partidária realizada nesta segunda-feira (15).
O ex-presidente e agora candidato anunciou ainda o senador republicano, James David Vance, mais conhecido como J.D. Vance, para a posição de vice na chapa, devido aos “enormes talentos” que o tornariam a pessoa mais adequada para o cargo.
Vance tem 39 anos e teria como função, segundo a Associated Press, energizar a base de eleitores de Trump. Nascido em Ohio, foi fuzileiro naval e serviu no Iraque.
Em 2016, fez sucesso com o livro “Elegia Caipira”, que além de best-seller, foi adaptado pela Netflix com o título de “Era uma vez um sonho”, filme em que demonstra todo o seu conservadorismo ao criticar os maus hábitos, comportamentos violentos e preconceitos passados de geração em geração nos Estados Unidos.
Foi o “Elegia Caipira” que aproximou Vance de Trump. O filho do ex-presidente adorou o livro e os dois se tornaram amigos.
A partir da visibilidade da obra e a história de vida difícil, marcada por uma família disfuncional em que a mãe é viciada em drogas, as aparições de Vance eram sempre oportunidades para que ele vendesse a ideia de consertar o país. Com tal discurso, conseguiu uma vaga no senado.
Oponente
Até 2016, porém, o agora integrante da chapa de Trump era um republicano que refutava a ideia de ter Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, porque o empresário seria uma pessoa perigosa, inapta para o cargo, além de racista e o potencial “Hitler americano”.
Ao conhecer Trump pai pessoalmente, mudou de opinião, a ponto de o senador ser um aliado no congresso, onde defendeu o ex-presidente incessantemente tanto na política, quanto nos comportamentos.
Enquanto os democratas o consideram um extremista, Kevin Roberts, presidente da Heritage Foundation, descreveu o senador como voz para o movimento conservador, especialmente na mudança em relação à política externa intervencionista, economia de mercado livre e “cultura americana em geral”.
A presença de Vance na chapa ajudaria os republicanos ainda na arrecadação de fundos e na habilidade de articulação de Trump. O senador também deve agregar a candidatura com a sua visão de “América Primeiro”, para conquistar eleitores perdidos nos estados em que a diferença para Biden em 2020 foi pouca, como Michigan e Wisconsin.
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