O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que vai considerar a deportação do bilionário sul-africano naturalizado americano Elon Musk. A declaração foi concedida durante um encontro informal com a imprensa nesta terça-feira (1º).
Questionado sobre a possibilidade de deportar seu principal aliado de campanha presidencial e ex-membro do alto escalão do governo, Trump reconheceu desconhecer a possibilidade de obrigar Musk a deixar o país.
“Não sei [se vai deportar Musk], acho que vamos ter que dar uma olhada nisso. Talvez a gente tenha que colocar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge) em cima do Elon. Sabe o que é o Doge? O Doge é o monstro que talvez tenha que voltar e comer o Elon. Não seria terrível?”, disse o presidente.
O conflito entre Trump e Musk começou em junho, quando o bilionário sul-africano teceu críticas ao presidente. Depois de um hiato de duas semanas, os dois voltaram a se estranhar publicamente.
Ao longo do fim de semana, Musk fez várias críticas sobre o “One Big Beautiful Bill” (Um grande e belo projeto, na tradução livre), projeto de lei de gastos, aprovado também nesta terça-feira pelo Senado.
O texto prevê o aumento de recursos voltados ao controle da imigração; a ampliação dos gastos com Forças Armadas; cortes em programas sociais — em especial, em saúde e alimentação; a criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; e a revogação de incentivos à energia limpa promovidos pelo democrata Joe Biden.
Para Musk, o que a Casa está fazendo é aumentando a dívida pública. “É óbvio, com os gastos insanos deste projeto de lei, que aumenta o teto da dívida em um recorde de CINCO TRILHÕES DE DÓLARES, que vivemos em um país de partido único – o PARTIDO DO PORCO PORKY!!”, postou Musk na tarde de segunda-feira.
Em termos políticos, “porky pig party” geralmente se refere aos gastos nos distritos eleitorais dos legisladores. “É muito tentador escalar isso. Muito, muito tentador. Mas vou me conter por enquanto”, continuou o bilionário sul-africano.
Musk chegou a cogitar o financiamento de candidatos às primárias que votassem contra o projeto. Já nas redes sociais, republicou críticas de outros usuários, memes e alegações.
“Este projeto de lei de gastos do Congresso, enorme, ultrajante e exagerado, é uma abominação repugnante”, escreveu ele em 3 de junho, depois de deixar o governo. “Que vergonha para aqueles que votaram a favor: vocês sabem que erraram. Vocês sabem disso.”
Musk afirmou ainda que Trump só venceu as últimas eleições graças ao seu apoio e financiamento. Foram mais de mais de US$ 270 milhões para apoiar Trump e outros republicanos no pleito do ano passado. “Que ingratidão”, acrescentou.
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