A tensão entre Tarcísio de Freitas (foto/reprodução internet) e o clã Bolsonaro expõe mais do que divergências pontuais. Para os bolsonaristas, o governador “errou” ao recuar nas críticas ao presidente Lula pelo tarifaço de Donald Trump e ao apoiar a reforma tributária defendida por Fernando Haddad. Acusam-no de excesso de conciliação e falta de contundência contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Mas onde veem fraqueza, há estratégia: Tarcísio busca o centro, distancia-se do radicalismo e se apresenta como nome viável para 2026. A despeito das pressões de Silas Malafaia e Eduardo Bolsonaro, seu entorno não teme retaliações: não há rival capaz de ameaçá-lo no cenário nacional. Se o bolsonarismo se fragmenta, Tarcísio se fortalece como opção da maioria silenciosa e, talvez, como o próximo presidenciável. O cavalo, de fato, está quase arreado.
