Governo Lula garante acesso gratuito a implante contraceptivo, prevenção ao HPV e rastreamento de câncer, fortalecendo direitos das mulheres

Com o fortalecimento de políticas públicas de saúde sexual e reprodutiva no SUS, como a oferta gratuita do implante contraceptivo, a ampliação do rastreamento do câncer de colo do útero e vacinação contra o HPV, o governo Lula deixa evidente a sua preocupação com os direitos e a autonomia das mulheres.

Essas políticas são essenciais para garantir autonomia corporal, planejamento familiar livre e acesso a serviços de qualidade, reduzindo morbidade e mortalidade maternas evitáveis. Elas promovem a saúde prevenindo gravidezes indesejadas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), combatendo a violência de gênero e oferecendo atenção integral à saúde da mulher em todas as fases da vida, contribuindo para bem-estar e equidade, alerta o Ministério da Saúde.

Implante contraceptivo

No começo de outubro de 2025, o SUS passará a oferecer gratuitamente o Implanon, implante contraceptivo subdérmico com eficácia de até três anos. A previsão é distribuir 1,8 milhão de unidades até 2026, sendo 500 mil ainda em 2025, com investimento de R$ 245 milhões.

Hoje, o implante custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil no setor privado. A gratuidade no SUS reforça o compromisso de reduzir gestações não planejadas, fortalecer o planejamento sexual e contribuir para a queda da mortalidade materna, especialmente entre mulheres negras, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

A implementação será conduzida pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, que coordenará a formação de médicas(os) e enfermeiras(os) para inserção e retirada do dispositivo. O Implanon se soma a outros métodos já oferecidos pelo SUS, como preservativos, pílulas anticoncepcionais, DIU de cobre, injetáveis e cirurgias de esterilização, sendo apenas o segundo classificado como LARC (contraceptivo reversível de longa duração), ao lado do DIU de cobre.

Política Nacional de Enfrentamento ao HPV

Desde 23 de julho, o Brasil conta com a Política Nacional de Enfrentamento ao HPV, oficializada pela Lei nº 15.174 e assinada pelo presidente Lula e ministros, entre eles a titular da pasta das Mulheres, Márcia Lopes. O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum do mundo e pode causar verrugas genitais e cânceres como o de colo do útero.

A política reúne ações de prevenção, diagnóstico e tratamento, incluindo exames clínicos e laboratoriais, acompanhamento de pessoas infectadas, campanhas educativas, incentivo à pesquisa e articulação entre órgãos públicos e sociedade civil.

A vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenção, oferecida gratuitamente no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Entre 2022 e 2024, a cobertura vacinal passou de 78,38% para 82,77% entre meninas e de 45,43% para 67,21% entre meninos.

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Rastreamento do câncer no colo de útero

Em 15 de agosto de 2025, o Ministério da Saúde iniciou a implementação do teste de biologia molecular DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). Produzida pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (Fiocruz), a tecnologia 100% nacional identifica 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV), principal causa do câncer de colo do útero, permitindo diagnosticar a presença do vírus antes do surgimento de lesões ou câncer em estágio inicial.

Mais sensível que o exame Papanicolau, a nova tecnologia será oferecida inicialmente em 12 estados e no Distrito Federal, alcançando progressivamente todo o país até 2026, com expectativa de rastrear cerca de 7 milhões de mulheres por ano.

O teste substitui gradualmente o Papanicolau, usado apenas em casos confirmatórios, ampliando intervalos de rastreamento para até cinco anos e garantindo maior equidade no acesso ao diagnóstico, inclusive em regiões remotas.

Tratamento para endometriose

Em julho, o Sistema Único de Saúde passou a disponibilizar o DIU liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel, tecnologias hormonais que ajudam mulheres com endometriose. Estima-se que pelo menos 8 milhões de mulheres no Brasil tenham a doença, sendo 1 em cada 10.

O DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero e é indicado para mulheres com contraindicação aos contraceptivos orais combinados. Sua troca é necessária apenas a cada cinco anos, aumentando a adesão ao tratamento.

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Da Redação do Elas por Elas, com informações do MMulheres e MSaúde

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Last Update: 10/09/2025