Rede Latino-Americana de Saúde Mental e Bem-Viver resiste à patologização da vida
Paulo Amarante, José León Uzcátegui, Sandra Benites, Sueli Carneiro, Daniel Jara e a banda Harmonia Enlouquece receberam homenagem especial da Alames
O XVIII Congresso da ALAMES recebe nesta terça, 5/8, o Encontro da Rede Latino-Americana de Saúde Mental Coletiva e Bem-Viver. O encontro chegou a sua terceira edição articulando ativistas e redes pela Reforma Psiquiátrica na América Latina.
A dimensão coletiva e ritual do bem-viver e da Saúde mental é parte do cuidado integral.
A importância dança, o cuidado e o silêncio permearam a fala da pesquisadora Sandra Benites, indígena Guarani Nhandewa, e uma das homenageadas pela Associação Latino-Americana de Medicina Social e Saúde Coletiva (Alames) no evento, que integra as atividades pré-congresso.
A Alames homenageou, ainda, os psiquiatras antimanicomiais Paulo Amarante – ex-presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) –, José León Uzcátegui, a filosófa Sueli Carneiro e o educador popular Daniel Jara.
Especialistas latino-americanos criticam a redução de problemas sociais, políticos e econômicos a doenças mentais individuais.
A patologização da vida despolitiza a experiência humana, ao reduzir a tristeza e o sofrimento a alterações bioquímicas a serem tratadas com medicamentos.
A banda Harmonia Enlouquece, criada no Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro (CPRJ), em 2001, encerra o evento nesta tarde, e recebe homenagem especial.
Tocar as pessoas com música de doido – que é música de gente – sem preconceitos, com qualidade, leveza e humor é a proposta do grupo.