O número de vítimas fatais das fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul subiu para cinco. Guido Armindo Alexander, de 71 anos, foi identificado como a quinta vítima, encontrado em um córrego no município de Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo. A causa provável da morte foi afogamento, ocorrida em 18 de junho.
Ao todo, 155 municípios gaúchos reportaram danos ou intercorrências em razão das chuvas. Mais de 9 mil pessoas estão fora de suas casas, conforme dados oficiais da Defesa Civil. A recorrência de tais eventos trágicos demonstra que a política dos governos gaúchos de sucatear os serviços públicos e desviar verbas para os interesses privados tem consequências diretas e letais para a população.
As outras vítimas identificadas são:
- Geneci da Rosa: Uma mulher de 54 anos, foi a primeira vítima da chuva em Candelária, na Região dos Vales. Ela morreu após o carro em que estava ser arrastado pela correnteza. Seu corpo foi localizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul na última terça-feira (17). Geneci estaria acompanhada do marido, um homem de 65 anos, que segue desaparecido. Este é o único desaparecimento confirmado pelo governo do estado. O casal estava a caminho do trabalho em uma empresa de bolsas na cidade. O veículo foi levado pela força da água durante a tentativa de travessia de uma ponte, segundo a Defesa Civil.
- Mario César Trielweiler Gonçalves: A segunda morte no estado foi registrada na última quarta-feira (18). O carro de Mario César, de 21 anos, caiu e foi arrastado pela água de um arroio entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis após a cabeceira de uma ponte ceder. A cunhada de Mario César o descreveu como “um jovem trabalhador, contente e brincalhão”. Ela afirmou que ele havia tirado a carteira de motorista há menos de dois meses e estava acostumado a usar a Ponte da Cooperação, onde ocorreu o acidente. Segundo a prefeitura de Caxias do Sul, uma parte da cabeceira da ponte foi levada pela força da água do Rio Caí. A estrutura foi construída em 2024 com recursos da comunidade e de empresários, como alternativa à ponte da BR-116, que foi levada pela enchente de maio.
- Mauro Perfeito da Silva: Presidente municipal do Podemos em Sapucaia do Sul, Mauro faleceu na última quinta-feira (19). O idoso transitava em seu carro pela Avenida Rubem Berta, entre os municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul, quando uma árvore caiu sobre o veículo. Sua filha, de 37 anos, que estava no banco do carona, se feriu, mas não corre risco de vida.
- Ademar José Backes: De 59 anos, Ademar deixa esposa e três filhos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o homem teria tentado atravessar uma ponte no momento em que o rio estava com o nível acima do normal, quando o veículo foi arrastado pela correnteza. A corporação orienta que a população evite transitar em pontes submersas.
A repetição dessas tragédias, com mortes e destruição a cada período de chuvas mais intensas, não é um acidente, mas sim o resultado direto da política criminosa dos governos. O governador e os prefeitos gaúchos não poassa,apriorizar o achaque dos recursos públicos para o setor financeiro, sucateiam o Estado. Eles cortam investimentos em obras de prevenção, manutenção de bueiros, desassoreamento de rios e construção de moradias seguras para a população mais vulnerável.
A política de transferir dinheiro das necessidades do povo para os bancos se traduz em vidas perdidas e miséria. A falta de planejamento urbano e a negligência na manutenção da infraestrutura são escolhas políticas que transformam eventos climáticos previsíveis em catástrofes humanas.