Cinquenta e sete trabalhadores foram resgatados da escravidão em uma propriedade rural no município de. A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) na última quarta-feira (25).

Segundo o procurador do Trabalho Edno Moura, coordenador regional de combate ao trabalho escravo do MPT-PI, os 57 trabalhadores — divididos entre 30 piauienses, 12 cearenses e 15 baianos — estavam empregados de forma irregular na extração de palha e pó de carnaúba. Eles viviam em condições degradantes.

Alojamentos superlotados e sem instalações sanitárias adequadas eram a regra. “Os trabalhadores se alimentavam sentados em tocos de madeira e precisavam preparar a comida em fogareiros improvisados. Uma situação degradante”, relatou o procurador, que acrescentou:

“Parte dos 57 trabalhadores resgatados já recebeu as verbas rescisórias, mas, no caso dos piauienses, o empregador se negou a pagar os direitos. Por isso, o MPT ingressará com as ações cabíveis para cobrar o pagamento das verbas rescisórias, além de indenizações por danos morais, individuais e coletivos.”

Os trabalhadores rurais, muitas vezes migrantes e em situação de penúria extrema, são presas fáceis para aliciadores e sistemas de servidão por dívida. A ausência de garantias trabalhistas e sociais os deixa à mercê de condições subumanas.

É imperativo que o trabalho escravo seja combatido com rigor pelas organizações de luta dos camponeses. Elas devem dispor de meios para defender os trabalhadores rurais, inclusive armas.

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Last Update: 27/06/2025