O governo do Peru decretou, na noite deste domingo 16, estado de emergência em Lima e na província de Callao para combater o crime organizado e conter a crescente onda de violência em ambas as regiões.
A medida foi divulgada pelo primeiro-ministro, Gustavo Adrianzén, na rede social X, após a execução a tiros do cantor Paul Flores, do grupo Armonía, quando saia de um show nos arredores de Lima. O artista estava com outros integrantes da banda e familiares em um ônibus.
O grupo Armonía era ameaçado por gangues que exigiam o pagamento de até 20 mil soles (cerca de 30 mil reais) para manter suas apresentações, segundo integrantes da banda ouvidos pela Polícia Nacional Peruana.
“Foi determinado que nas próximas horas será decretado estado de emergência em toda a província de Lima e na província Constitucional do Callao, com o apoio de tropas das Forças Armadas à Polícia Nacional”, anunciou Adrianzén sem detalhar a duração do estado de emergência.
Adrianzén também informou que autoridades peruanas planejam realizar uma reforma que abrange todo o sistema prisional peruano.
O estado de emergência foi oficialmente decretado após reunião privada com a presidente Dina Boluarte, que também decidiu antecipar para esta terça-feira 18 uma reunião do Conselho Nacional de Segurança dos Cidadãos.
Esta não é a primeira vez que as autoridades peruanas recorrem aos militares para reforçar a segurança em Lima. Em 2024, o país há havia decretado estado de emergência na capital até dezembro após um aumento nos casos de assassinatos e crimes de extorsão.