A oposição armada da Síria afirma que os seus combatentes tomaram a capital, Damasco, e que o presidente Bashar al-Assad fugiu. Seu paradeiro permanece desconhecido.

O comandante do Hayat Tahrir al-Sham, Abu Mohammed al-Julani, diz que todas as instituições estatais permanecerão sob a supervisão do primeiro-ministro de al-Assad até serem entregues oficialmente.

Os anúncios surgem horas depois de os grupos de oposição tomarem várias cidades numa ofensiva relâmpago.

Catar, Arábia Saudita, Jordânia, Egito, Iraque, Irã, Turquia e Rússia emitiram uma declaração conjunta no início da noite, descrevendo a crise como um “desenvolvimento perigoso” e apelando a uma solução política.

Uma das consequências esperadas pelas autoridades é a escassez de petróleo nos próximos dias. Isso porque após a queda de al-Assad, um petroleiro iraniano que estava a caminho de cruzar o Canal de Suez para chegar à Síria fez meia-volta.

Diante deste cenário, a China pode adquirir o petróleo iraniano com desconto. 

Mais cedo, os combatentes tomaram ainda o controle da passagem da fronteira de Kassab com Turkiye e decretaram toque de recolher em Damasco, entre as 16h e 5h, horário local.

Reação internacional

A Rússia confirmou a saída de  al-Assad da Síria e informou que está em contato com todos os opositores para tomar medidas a fim de garantir que todos os cidadãos na Síria estejam seguros.

“Apelamos a todas as partes envolvidas com um forte apelo para que renunciem ao uso da violência e resolvam todas as questões de governação através de meios políticos”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

*Em atualização.

*Com informações da Al Jazeera.

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Last Update: 08/12/2024