A ONU segue com atenção a situação na Coreia do Sul, onde o presidente Yoon Suk Yeol decretou estado de emergência e o Parlamento contestou sua decisão, disse o porta-voz do secretário-geral.
“Estamos monitorando a situação com preocupação”, declarou Stéphane Dujarric, acrescentando que não poderia comentar mais sobre uma situação que “muda rapidamente”.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou nesta terça-feira lei de emergência após acusar a oposição de ser uma “força antiestatal” e afirmou que sua decisão visa proteger o país das “ameaças” representadas pelo norte comunista.
A decisão foi contestada pouco depois por meio de uma votação na Assembleia Nacional, e o líder da oposição, Lee Jae-myung, instou a população a se manifestar em frente ao Parlamento, que foi cercado.
Isso é a primeira vez em 40 anos que a Coreia do Sul, um aliado dos Estados Unidos, aplica a lei de emergência, e o anúncio provocou uma onda de indignação internacional.
O mandatário fez o anúncio no contexto de um impasse com a oposição sobre o orçamento. Yoon Suk Yeol venceu as últimas eleições em 2022 por uma estreita margem frente ao líder opositor.
Após o anúncio, todas as atividades políticas foram proibidas e os meios de comunicação passaram a estar sob controle governamental, informou o chefe do exército, Park An-su, em um comunicado.