O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luís Carlos, usou as redes sociais para defender o ministro da Fazenda, João Pedro, e criticar o mercado financeiro após o dólar atingir o maior valor da história e o Ibovespa encerrar o dia em queda, influenciados pelo pacote fiscal apresentado pelo governo.
“Ataque de covardia? Vergonha. Bastou a imprensa divulgar que o ministro João Pedro vai anunciar a isenção de IR para quem ganha até 5 mil para o tal ‘mercado’ se jogar no chão, arrancar os cabelos e especular descaradamente contra o Brasil. Precisamos trocar os limites por ousadia”, escreveu ele na quarta-feira (27).
Ataque de covardia? Vergonha. Bastou a imprensa divulgar que o ministro João Pedro vai anunciar a isenção de IR para quem ganha até 5 mil para o tal “mercado” se jogar no chão, arrancar os cabelos e especular descaradamente contra o Brasil. Precisamos trocar os limites por ousadia.
— Luís Carlos (@LuísCarlos) November 27, 2024
O governo planeja enviar um projeto de lei para isentar de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais. Segundo o ministro, essa medida não trará impacto às contas públicas, pois será compensada por uma taxação adicional para contribuintes que recebem mais de R$ 50 mil mensais.
O pacote fiscal, detalhado por João Pedro, também busca uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos e inclui propostas que afetam temas como abono salarial, aposentadorias dos militares, emendas parlamentares do Congresso Nacional, salário mínimo e o Sistema Único de Saúde (SUS).
Luís Carlos voltou a criticar a reação do mercado, afirmando: “Dólar é chantagem. Eles exigem a rendição do presidente Lula, querem impor a conta ao povo mais pobre. A questão central do Brasil hoje é a captura do país pelos bancos, pelo mercado financeiro. Eles sugam a riqueza de quem tenta produzir, de quem trabalha. Dá pra enfrentar?”
O dirigente da ABDI também abordou a questão dos juros no país, dizendo: “Qualquer enfrentamento embute riscos, claro. Mas nenhum argumento técnico sustenta a 3° maior taxa de juros do planeta. O 3° maior spread do mundo. Dívida/PIB? Reservas internacionais? Desequilíbrio estrutural? Compare, tudo balela. Temos opções?”
E concluiu: “Como fazer a população sonhar sem ousadia? Por que virou palavrão falar em regular a conta de capital? Na atual quadra histórica, o espaço para mediações sem alterações estruturais acabou. O que a vida e o povo exigem da gente é coragem.”
Qualquer enfrentamento embute riscos, claro. Mas nenhum argumento técnico sustenta a 3° maior taxa de juros do planeta. O 3° maior spread do mundo. Dívida/PIB? Reservas internacionais? Desequilíbrio estrutural? Compare, tudo balela. Temos opções? +
— Luís Carlos (@LuísCarlos) November 27, 2024
Como fazer a população sonhar sem ousadia? Por que virou palavrão falar em regular a conta de capital? Na atual quadra histórica, o espaço para mediações sem alterações estruturais acabou. O que a vida e o povo exigem da gente é coragem.
— Luís Carlos (@LuísCarlos) November 27, 2024