A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu que a ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, foi a responsável por incendiar a casa dele, em Rio do Sul, no dia 17 de novembro.
Francisco havia sido identificado como autor das explosões que ocorreram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, quatro dias antes.
Segundo o delegado Juliano Bridi, a investigação encontrou evidências, incluindo vídeos, que comprovam que a ex-mulher agiu sozinha ao provocar o incêndio.
“Obtivemos mais evidências de que ela ateou fogo na residência e permaneceu lá dentro, ao que tudo indica, numa tentativa de tirar a própria vida”, afirmou Bridi.
A ex-mulher segue internada em estado grave na UTI do Hospital Tereza Ramos, em Lages, após sofrer queimaduras em 100% do corpo. Segundo familiares, o quadro de saúde permanece crítico e não há previsão de alta.
A polícia apurou que, na manhã do incidente, a ex-mulher comprou material inflamável em uma loja de Rio do Sul. Depois, retornou para a casa e iniciou o fogo, permanecendo no imóvel até ser resgatada.
Ligação com atentado ao STF
Dias antes do incêndio, a ex-mulher prestou depoimento à Polícia Federal no âmbito das investigações sobre o atentado ao STF.
Na ocasião, ela confirmou que Francisco tinha planos de assassinar o ministro Alexandre de Moraes e qualquer outra pessoa que estivesse com ele no momento do ataque.
O atentado, ocorrido em 13 de novembro, envolveu a tentativa de explodir artefatos na sede do Supremo Tribunal Federal e no estacionamento da Câmara dos Deputados. O catarinense filiado ao PL morreu durante a ação após detonar um explosivo contra o próprio corpo.