Os bolsonaristas vivem seu pior momento. Com Jair Bolsonaro prestes a ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à prisão por tentativa de golpe de Estado, agora eles veem os deputados federais Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP) e Nikolas Ferreira (MG), principais puxadores de votos do PL, ameaçados de serem banidos da vida pública.

Responsáveis por mais de 1,6 milhão de votos para a legenda em São Paulo nas eleições de 2022, Zambelli (946.244) e Eduardo (741.701) estão praticamente inelegíveis.

Após ser condenada no STF a 10 anos de prisão por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada do PL foi presa na Itália e não tem mais chance de recorrer da sentença.

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Ainda não se sabe quando ela será extraditada para cumprir a pena no Brasil, mas seu destino no parlamento está selado: será oficializada a cassação do seu mandato para fique à disposição da Justiça. Ou seja, praticamente o fim da sua carreira política.

O filho 03 de Bolsonaro, que articula abertamente sanções econômicas contra o Brasil nos Estados Unidos, tem como destino virá réu no STF como o pai e ter seu mandato também cassado por excesso de falta, uma vez que venceu os 120 dias de licença tirados para tramar nos Estados Unidos contra o país.

A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o STF abriu inquérito para investigar tanto Bolsonaro quanto o filho pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Os dois são acusados de atuarem em prol de sanções contra autoridades brasileiras e o próprio país.

Nikolas

Campeão de voto do PL (1.492.047), responsável pela eleição de mais seis parlamentares do partido na bancada mineira, Nikolas se tornou réu após o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) aceitar a denúncia do Ministério Público contra ele pelo crime de fake news.

Caso sejam condenados, Nikolas e o deputado estadual Bruno Engler (PL) podem ser declarados inelegíveis pela disseminação de informações falsas contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, durante o segundo turno das eleições municipais de 2024.

Em suma, são deputados federais do PL que vão fazer falta para o partido na disputa de  2026, quando o projeto seria formar maioria no Congresso, mas que a legenda vai disputar fragilizada pela perda do discurso patriótico e sem os campeões de voto.

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Last Update: 29/07/2025