A imprensa imperialista está divulgando a versão da oposição golpista sem critério, evidenciando a ligação umbilical entre a oposição venezuelana e os interesses do imperialismo. Isso pode ser observado pela colocação de órgãos de imprensa da burguesia imperialista norte-americana e britânica.
“O líder autoritário da Venezuela, Nicolás Maduro, foi declarado vencedor da tumultuada eleição presidencial do país na madrugada de segunda-feira, apesar do enorme impulso de um movimento de oposição que estava convencido de que este seria o ano em que derrubaria o partido de inspiração socialista de Maduro.”
“O governo de Maduro já inventou resultados eleitorais anteriormente, e essa contagem foi imediatamente questionada pela oposição e por vários oficiais da região.”
Também o Financial Times destacou que a vitória de Maduro “contradisse as pesquisas de opinião pré-eleitorais e as pesquisas de boca de urna”, sem entrar no mérito da qualidade das tais “pesquisas”, que não eram outra coisa além de instrumento de propaganda contra o nacionalismo venezuelano.
“O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo Estado, esperou mais de seis horas após o fechamento das urnas antes de anunciar que Maduro havia garantido a reeleição com 51,2% dos votos contra 44,2% de seu principal adversário, Edmundo González, com 80% dos votos contados.”
“O resultado contradisse as pesquisas de opinião pré-eleitorais e as pesquisas de boca de urna, que previam uma grande vitória da oposição. A oposição também afirmou que sua própria contagem parcial dos locais de votação indicava que González estava vencendo por 70% a 30%.”
Outra matéria do Financial Times destaca que “poucos ficarão convencidos com a vitória de Maduro”, informando que “as pesquisas de opinião e as contagens de boca de urna não oficiais previam uma vitória esmagadora da oposição.”
“As pesquisas de opinião e as contagens de boca de urna não oficiais previam uma vitória esmagadora da oposição. A autoridade eleitoral, controlada pelo Estado, guardou um longo silêncio após o encerramento das urnas, seguido da declaração de um triunfo ‘irreversível’ do Presidente, sem qualquer repartição dos números.”
A imprensa brasileira também publicou editoriais atacando a vitória de Maduro, sem apresentar provas da fraude.
“Abundam evidências de fraude.”
Destaca-se, no caso, os dois pesos e duas medidas da propaganda imperialista. A um observador atento, torna-se ainda mais flagrante os interesses envolvidos no ataque a Maduro e a razão pela qual a vitória do bolivarianismo deve ser defendida por todas as forças da esquerda brasileira.