A mineradora Samarco tem até a próxima sexta-feira para pagar a primeira parcela de indenização às prefeituras dos municípios que assinaram um acordo após a tragédia de Mariana, causada pelo rompimento de uma barragem em 2015.

Pela negociação, foi acordado que 6,1 bilhões de reais seriam pagos a 49 municípios atingidos pela tragédia, sendo 38 de Minas Gerais e 11 do Espírito Santo. Os valores serão pagos em vinte anos.

O prazo que vence nesta sexta-feira vale para as cidades que aderiram ao acordo até o último dia 26 de novembro e que não possuem mais ações no exterior contra a Vale e a BHP, controladas pela Samarco.

A Samarco já repassou valores para onze cidades que aderiram à primeira fase do acordo e comprovaram a retirada dos processos no Reino Unido. Segundo a mineradora, os valores pagos somam 26,8 milhões de reais.

A empresa propôs um acordo para pessoas afetadas pela tragédia, que terão 90 dias para decidir se aceitam ou não. Diferentemente dos municípios, os indivíduos não precisam mostrar de forma antecipada que retiraram os processos no exterior.

O acordo impõe à Samarco o pagamento de 100 bilhões de reais a vários entes públicos, incluindo a União. O valor será destinado a programas de transferência de renda e a projetos ambientais e socioeconômicos. Além disso, outros 32 bilhões de reais serão direcionados à recuperação das áreas degradadas, reassentamento de comunidades e ao pagamento de indenizações às pessoas atingidas.

A barragem do Fundão ficava no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 quilômetros de Mariana (MG). O caso é considerado o maior desastre ambiental da história do país. Foi o maior caso de rompimento do mundo envolvendo barragens de rejeitos de mineração.

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Last Update: 13/12/2024