O governo federal lançou, nesta sexta-feira (26), a segunda parte do Novo PAC Seleções, no valor de R$ 41,2 bilhões a serem disponibilizados para todos os estados e o Distrito Federal. Na cerimônia, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância de os governos investirem conjuntamente em políticas públicas, sobretudo em benefício do povo. “A pobreza não é um fenômeno da natureza. A pobreza é resultado da incompetência política das pessoas que dirigem este país”, ressaltou.

Segundo os números apresentados pelo ministro das Cidades, Jader Filho, a soma desse investimento com o da primeira parte, finalizado em maio, é de R$ 59,5 bilhões, voltados para um total de 1.548 propostas selecionadas, gerando aproximadamente 773 mil empregos.

A segunda fase agora anunciada tem como foco a construção de cidades sustentáveis e resilientes, tendo como eixos principais a mobilidade em médias e grandes cidades, drenagem, abastecimento de água e esgotamento sanitário, todos em áreas urbanas. Os R$ 41,2 bilhões anunciados serão direcionados a 872 propostas selecionadas em 707 municípios.

Para a modalidade de mobilidade, serão R$ 9,9 bilhões; drenagem urbana sustentável, R$ 15,3 bilhões (incluídos R$ 6,5 para o Rio Grande do Sul); abastecimento de água, R$ 5,9 bilhões e esgotamento sanitário, R$ 10,1 bilhões.

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Foto: Ricardo Stuckert

Ao fazer seu pronunciamento, Lula salientou a necessidade da parceria entre União, estados e municípios para que o país possa avançar. “É importante a gente trazer o Brasil de volta à civilidade. A civilidade significa que os entes federados precisam construir em parceria, trabalhar juntos; significa que um depende do outro e que juntos a gente pode fazer muito mais do que separados”.

Como exemplo dessa parceria no âmbito legislativo, apontou: “Conseguimos uma proeza extraordinária. Todos sabem que o meu partido tem apenas 70 deputados federais de 513 e nove senadores de 81. E até agora, nenhum projeto importante que enviamos foi rejeitado. Todos foram aprovados”, disse, destacando a PEC da Transição e a reforma tributária.

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Foto: Ricardo Stuckert

Lula pontuou ainda que “não está escrito que a pessoa nasceu para ser pobre ou rica. O que está escrito é que se o Estado criar as condições para que todos tenham oportunidades, a gente pode fazer uma mudança radical na sociedade brasileira”.

O presidente voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por uma de suas falas anti-povo. “Esses dias, o presidente do Banco Central deu uma declaração para a imprensa que eu não quis acreditar: que o aumento do salário mínimo e da massa salarial pode gerar inflação. Ou seja, significa que para não ter inflação, o povo precisa ganhar pouco?”

Lula completou dizendo: “Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha um salário mínimo porque quer? Será que alguém acha que uma pessoa é pobre porque quer ser pobre? Não. Dê uma oportunidade a um pobre, como o povo deu a este pernambucano aqui, que ele vira presidente da República”.

Centros Comunitários pela Vida

Na sequência, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou a criação de 30 Centros Comunitários pela Vida (Convive) em 30 municípios de 24 unidades federativas.

O ministro argumentou que “o combate à criminalidade — algo que está no topo das preocupações dos brasileiros, assim como os problemas da educação e da saúde — não se dá apenas com a força policial. É preciso que o Estado atue com um olhar abrangente, respeitoso aos direitos e às garantias fundamentais que estão inscritos em nossa Constituição Cidadã de 1988”.

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Última Atualização: 26/07/2024