A época das temperaturas mais baixas em São Paulo traz riscos de vida a pessoas em situação de rua – aproximadamente 80 mil pessoas apenas na capital paulista, segundo o Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua) da UFMG. 

A Prefeitura de São Paulo colocou em ação a Operação Baixas Temperaturas de 2025 no dia 1º de maio. O plano permite a instalação temporária de barracas que oferecem alimentos, cobertores e assistência a quem não tem onde ficar durante o frio. 

Pelo serviço de acolhimento socioassistencial, a Prefeitura diz ter 26 mil vagas distribuídas em diversas modalidades, como hotéis sociais, centros de acolhida e as chamadas Vilas Reencontro. 

Para 2025, foram abertas ainda 1.048 vagas emergenciais para o período noturno, afirmou a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS). As vagas são adaptadas em centros esportivos nos bairros do Ipiranga e Santo Amaro, na zona sul, e em Cidade Tiradentes e Mooca, na zona leste. 

Como não é incomum notícias de pessoas morrendo devido ao frio e à falta de assistência nos últimos anos, CartaCapital compilou informações de como pedir ajuda a pessoas em situação de perigo durante o período do inverno, bem como quais as exigências do Serviços Social para acolher essa população. 

Vi alguém passando frio na rua. Como pedir ajuda?

O telefone de referência é o 156. Na ligação, o assistente social irá perguntar:

  • O seu nome, CPF e email. É possível fazer o pedido anonimamente –apenas pedidos feitos por órgãos públicos demandam identificação.
  • Endereço do local da abordagem;
  • Quantidade de pessoas (adultas e crianças) a serem abordadas;
  • Descrição com mais detalhes que possam ajudar na abordagem (gênero, tipo de roupa, idade aproximada, pontos de referência).

Ao fim do atendimento, é possível acompanhar a solicitação pelo portal SP156 com o número do protocolo em mãos. 

Nos serviços, os atendidos contam com espaços para pernoite e banho, e refeições como jantar e café da manhã, diz a Prefeitura. Para quem se recusa a ser encaminhado para um centro de acolhida, a Prefeitura diz entregar um cobertor.

A SMADS destaca que, em caso de pessoas com transtornos mentais ou psiquiátricos, é necessário acionar o SAMU pelo 192. 

Onde estão as tendas emergenciais? Posso pedir ajuda por lá?

As tendas, que funcionam quando as temperaturas atingem 13ºC, operam das 18h à meia-noite e fornecem sopa, pão, cobertores e bebidas quentes. 

Profissionais do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) ficam nos locais para prestar assistência e encaminhamentos à rede de acolhimento, diz a Prefeitura, e podem prestar mais informações.

Confira os endereços das tendas:

  • Região Central – Praça da República e Praça Marechal Deodoro; 
  • Região Sul – Santo Amaro (Praça Floriano Peixoto x Rua Paulo Eiró) e Capela do Socorro (Praça José Boemer Roschel); 
  • Região Norte – Santana (Praça Herois da FEB) e Vila Maria (Praça Novo Mundo); 
  • Região Leste – Guaianases (Praça Presidente Getúlio Vargas, s/n), Itaquera (Avenida Musgo de Flor com Avenida Imperador, embaixo do viaduto Jacu Pêssego) e Mooca (Praça Cid José da Silva Campanella); 
  • Região Oeste – Lapa (Rua do Curtume, s/n – esquina com Guaicurus).

Onde estão os centros de acolhida em São Paulo e como solicitar uma vaga?

É possível ir pessoalmente pedir por uma das vagas nos centros de acolhida da capital. Não é necessário que a pessoa esteja com seus documentos em mãos para fazer o pedido. 

Se o interessado quiser solicitar o serviço por telefone, é possível fazer pelo 156 ou pelo número da Ouvidoria de Direitos Humanos: (11) 3104-07011. 

Abaixo, uma lista dos órgãos que cuidam dos pedidos de novos abrigos, bem como seus endereços pela capital (clique nos links para acessar o portal da Prefeitura):

Como funciona para pessoas com família, animais ou carroças?

A Prefeitura afirma que as pessoas são encaminhadas para a rede socioassistencial de acordo com sua situação no momento – adultos sozinhos, com deficiência, famílias, idosos e população LGBTQIAPN+.

Entre os centros de acolhimento, 11 possuem serviços equipados com canil, com 117 vagas para os cães de estimação.

Há também um Centro de Acolhida para Catadores, que dispõe de 55 vagas, afirmou a secretaria a CartaCapital

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Last Update: 20/05/2025