Nesta terça-feira (20) o governo do estado de Minas Gerais inaugurou o Centro de Inteligência Cibernética (Ciberint), voltado ao combate de ataque em escolas. A iniciativa é a primeira do país e prevê um trabalho integrado com forças de segurança para supostamente prevenir episódios de “violência extrema” em escolas.

O governo do estado afirma que o novo equipamento é voltado à atuação na prevenção, neutralização e repressão a atos criminosos relacionados a discursos extremistas e à violência em instituições de ensino. Serão então realizados monitoramentos na internet, sobretudo na dark web e deep web, e nas redes sociais, afim de identificar suspeitos e locais que podem ser utilizados para cometer crimes.

O Ciberint funcionará na sede da Agência Central de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no Prédio Alterosas, na Cidade Administrativa, sede o Governo de Minas, em Belo Horizonte. O Ciberint também será um centro de pesquisa, recebimento, tratamento e difusão de denúncias entre todas as instituições com atuação na temática.

“Esse projeto foi apresentado ao Ministério da Justiça para a captação de recursos, concorreu com mais de 700 outros e foi selecionado em primeiro lugar. Recebeu R$ 3 milhões, que foram aplicados na estruturação do laboratório localizado no 1º andar do Prédio Alterosas. Nós temos, nesse laboratório, o trabalho integrado de todas as nossas forças, coordenadas pela Sejusp, com o objetivo de monitoramento do espaço digital, deep web e dark web”, destacou o vice-governador Mateus Simões (NOVO).

Segundo o jornal Estado de Minas, o projeto também será um centro de pesquisa, recebimento, tratamento e difusão de denúncias entre todas as instituições com atuação na temática. As denúncias serão recebidas nos canais já conhecidos e apuradas no laboratório. Conforme Simões, com o novo órgão em ação, o número de denúncias e atendimentos devem crescer exponencialmente.

“O foco é monitorar a violência escolar extrema, o comportamento dos jovens que saem do padrão e que merecem atenção por parte das polícias. É um trabalho preventivo, mas a estrutura pode ser usada nas investigações depois que crimes forem cometidos”, complementou o vice-governador.

Claramente este é mais um novo caso onde a direita se utiliza do suposto combate ao “discurso de ódio” para “proteger as crianças” e “prevenir atos criminosos” como pretexto, para ampliar suas redes de monitoramento e repressão contra a população.

Neste caso, temos o Partido NOVO, que se diz o partido mais liberal do País agindo através da máquina repressiva do Estado para espionar o povo. Não se trata, portanto, de uma criação benéfica para a população – se é que algum dia a direita fez algo de bom para os brasileiros – mas sim um meio de controle e perseguição contra todos aqueles que se insurgem, e irão se levantar contra os ataques da burguesia aos oprimidos.

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Last Update: 21/05/2025