A Polícia Federal apresentou na tarde desta sexta-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal os documentos de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais 11 pessoas na investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo governo brasileiro.

A entrega foi feita pessoalmente por representantes da corporação no protocolo de processos da Corte.

Pelo trâmite usual, o ministro Moraes pedirá manifestação à Procuradoria-Geral da República, a quem caberá decidir se denuncia o ex-presidente já. Se isso ocorrer, caberá depois à Justiça decidir se ele vira réu. As movimentações no processo devem ocorrer a partir da próxima semana.

A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro.

Entre os indiciados estão o tenente-coronel Mauro Cid, o pai dele, general de Exército Mauro Lourenna Cid, Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, e Fábio Wajngarten e Frederick Wassef, advogados do ex-presidente.

Os demais indiciados pela PF foram o ex-ministro Bento Albuquerque, Marcelo da Silva Silveira e Marcos André dos Santos Soeira (apropriação e associação criminosa), Julio Cesar Vieira Gomes (pelos três crimes e por advocacia administrativa perante a administração fazendária) e o militar José Roberto Bueno Junior (pelos três crimes).

Declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente já havia sido indiciado em março pela PF em outro inquérito, envolvendo a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Há a expectativa de que, nos próximos meses, a PF apresente o relatório complementar da Venire e ainda feche a investigação da Operação Tempus Veritatis, que põe o ex-presidente sob suspeita de planejar um golpe de estado.

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Última Atualização: 06/07/2024