A ascensão da Alternativa para a Alemanha (AfD) está sendo alimentada e respaldada por vozes influentes da extrema direita internacional. Entre elas, o bilionário e dono da rede social X, Elon Musk, que foi acusado pelo governo alemão de interferir no processo eleitoral do país.

A acusação veio após tuítes de Musk na rede social X em apoio à AfD e um artigo de opinião publicado no jornal “Die Welt”.

Elon Musk está de fato tentando influenciar as eleições do Bundestag com suas declarações”, afirmou Christiane Hoffmann, porta-voz adjunta do governo alemão.

Hoffmann destacou que, apesar de Musk ter liberdade para expressar sua opinião, isso não significa que suas declarações sejam irrelevantes para o contexto político. “A liberdade de opinião é um bem precioso. E aqui estamos vendo uma tentativa de exercer influência”, afirmou.

Musk teve artigo publicado no jornal alemão, no qual expressou apoio à AfD.

No texto, publicado em alemão, Musk destrinchou uma postagem que havia feito na plataforma X na semana passada, quando disse “que apenas a AfD pode salvar a Alemanha”.

A editora de Opinião do jornal, Eva Marie Kogel, apresentou seu pedido de demissão na sexta-feira em protesto.

Kogel divulgou sua decisão no seu perfil no X: “Sempre gostei de chefiar o departamento de opinião do ‘Welt’ e ‘WamS’. Hoje foi publicado um texto de Elon Musk no ‘Welt am Sonntag’. Ontem apresentei minha demissão”.

A Alemanha vive um momento de incerteza política depois que a coalizão de Olaf Scholz ruiu e novas eleições foram convocadas. O Bundestag aprovou uma moção de censura que destituiu a coligação semáforo (união entre os social-democratas do SPD, de Scholz, os liberais do FDP e os verdes).

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Last Update: 31/12/2024