Entre os dias 2 a 4 de julho, ocorreu o XIII Fórum de Lisboa. Tendo como tema “o mundo em transformação — Direito, Democracia e Sustentabilidade na Era Inteligente”, o fórum ocorre anualmente “com o intuito de debater questões que desafiam o Estado contemporâneo”, conforme consta em seu portal na internet. Na realidade, trata-se de um fórum promovido pelo imperialismo para expor a posição da burguesia imperialista sobre questões políticas, jurídicas e econômicas, e que também serve de oportunidade para que o imperialismo imponha políticas sobre países atrasados.

Nesse sentido, um dos participantes desta edição do fórum foi o atual o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que participou na sexta-feira (4) do painel “Segurança Pública e Federalismo Cooperativo: Enfrentando as Organizações Criminosas”, que também contou com a participação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, este que vem sendo preparado para ser candidato do imperialismo nas eleições presidenciais de 2026.

Em sua participação, Rodrigues declarou, dentre outras coisas, que não há mais “espetacularização” da PF, que “ninguém mais conhece e sabe o nome de um policial que conduz uma investigação” e “que o órgão não trabalharia mais com achincalhamento”.

No entanto, contrariando essa declaração de não haver mais “espetacularização” ou “achincalhamento”, deve-se relembrar que em abril, durante uma tal de Brazil Conference, ele se posicionou de forma completamente ditatorial contra o Projeto de Lei da Anistia, afirmando ser “inaceitável não punir pessoas que cometeram crimes dessa envergadura”, fazendo referência às manifestações do 8 de janeiro, conforme noticiado pelo portal de notícias UOL.

Cerca de um mês antes de sua ida a Lisboa, participar do fórum promovido pelo imperialismo, Andrei Rodrigues esteve em Paris, França, entre os dias 4 e 7 de julho. Conforme noticiado pela Agência Brasil, ele estava cumprindo “agenda institucional em Paris, com reuniões junto à Gendarmerie Nationale, Police Nationale e Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI), organizadas pela Adidância da PF na Embaixada do Brasil”.

Na ocasião, agindo como verdadeiro cachorro do imperialismo, ele e o diretor-geral da Gendarmerie Nationale, polícia militar francesa de caráter nacional, assinaram memorando para “fortalecimento da cooperação técnico-operacional”, documento que “estabelece diretrizes para a troca de informações, formação técnica e ações conjuntas no combate ao crime transnacional”, que, conforme noticiado pela Agência Brasil, tem o objetivo de “intensificar o intercâmbio de experiências e fortalecer as relações institucionais na área de segurança pública”.

Em outras palavras, o diretor-geral da PF foi à Paris assinar acordo que fortalece ainda mais o controle do imperialismo sobre a polícia federal. Isto considerando que, sob Andrei Rodrigues, e a reformulação realizada sob sua presidência, a PF foi aparelhada pelo Mossad, agência de espionagem de “Israel”, conforme já exposto e denunciado por este Diário. Releia a publicação:

Como o Mossad aparelhou a Polícia Federal

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Last Update: 09/07/2025