Agentes da Polícia Federal (PF): corporação diz que magistrados estariam utilizando seu cargo para facilitar o tráfico de informações. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) desencadeou uma operação para investigar um esquema de venda de sentenças judiciais. As investigações revelaram o envolvimento de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados em práticas ilícitas.

Segundo a PF, os suspeitos exigiam valores em troca de decisões judiciais favoráveis às partes interessadas em processos. Além disso, as apurações também indicam negociações relacionadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais.

Entre os crimes investigados estão organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. De acordo com a PF, informações sigilosas eram usadas como moeda de troca para obtenção de vantagens pessoais e profissionais.

Durante a operação, a polícia cumpriu um mandado de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal. Medidas cautelares também foram implementadas, como o monitoramento eletrônico, afastamento de servidores públicos e membros do Judiciário, além do sequestro de bens e valores dos investigados.

No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a PF a investigar um esquema semelhante envolvendo desembargadores de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, cinco desembargadores foram afastados de seus cargos por suspeita de participação na venda de sentenças judiciais.

A operação anterior também contou com 44 mandados de busca e apreensão autorizados pelo STJ, com o objetivo de apurar possíveis crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

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Last Update: 26/11/2024