A Confederação Brasileira de Futebol pediu, nesta sexta-feira 7, a exclusão do Cerro Porteño, do Paraguai, da Libertadores Sub-20, após o caso de racismo contra o jogador Luighi, do Palmeiras, em uma partida realizada na quinta-feira 6.

Em documento encaminhado à Confederação Sul-Americana de Futebol, a Conmebol, a CBF ainda cobra a punição dos torcedores envolvidos no caso.

A entidade sustenta que a arbitragem do jogo não cumpriu o protocolo global da FIFA contra atos de racismo.

“O futebol deve ser espaço de igualdade e respeito. Por isso, a punição do Cerro Porteño e dos envolvidos não é apenas uma necessidade jurídica, mas uma obrigação moral e institucional, para que o combate ao racismo deixe de ser um discurso vazio e passe a ser uma realidade concreta”, diz a peça da CBF.

A confederação brasileira argumentou que o futebol sul-americano carrega um histórico de impunidade em relação a atos racistas e que as sanções aplicadas são, na maioria das vezes, insignificantes para coibir novos episódios.

O ato de racismo contra o jogador do Palmeiras aconteceu no segundo tempo da partida contra o Cerro Porteño. Imagens da transmissão mostram um torcedor imitando um macaco na direção do jovem brasileiro, que, diante da cena, deixou o campo aos prantos. A caminho do banco de reservas, Luighi também sofreu uma cusparada vinda da arquibancada.

Nesta sexta-feira 7, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, se posicionou sobre o caso nas redes sociais e se disse ‘indignado’. “É de partir o coração ver um jogador ser levado às lágrimas por um comportamento tão vergonhoso”, escreveu, ao defender que o futebol seja um espaço de respeito, inclusão e união. “Tudo começa com os jovens da base”, completou, ao demonstrar apoio ao jogador Luighi.

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Last Update: 07/03/2025