A Polícia de São Paulo prendeu, na tarde deste sábado (8), em Cajamar, Maicol Antonio Sales dos Santos, um dos principais suspeitos pelo assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa. Ele, investigado como o dono do veículo prata flagrado na cena do crime, teve a prisão temporária decretada pela Justiça poucas horas antes de ser capturado.
O pedido de prisão temporária de um segundo suspeito, Daniel Lucas Pereira, foi negado pela Justiça, que autorizou apenas busca e apreensão em sua residência. A decisão judicial considerou que Maicol apresentava “fortes indícios” de envolvimento no crime, além de contradições em seu depoimento.
Testemunhas afirmaram que ele estava próximo ao local do crime, além de relatarem movimentação suspeita em sua casa na noite do desaparecimento de Vitória.
Durante seu depoimento, Maicol alegou estar em casa com a esposa na noite do crime. No entanto, sua mulher afirmou que passou aquela noite na casa da mãe, recebendo apenas uma mensagem de “boa noite” de Maicol às 23h30, o que contradiz sua versão dos fatos.
Vizinhos relataram à polícia movimentação incomum na residência de Maicol, com saídas frequentes de seu carro e comentários suspeitos sobre o estado do veículo. Outro ponto que chamou atenção foi o fato de que o Toyota Corolla prata de Maicol passou a noite na garagem, algo incomum para ele.
O corpo de Vitória foi encontrado por cães farejadores da Guarda Civil Municipal (GCM) em uma área de mata fechada, cerca de 5 quilômetros de sua casa, na zona rural de Cajamar. A vítima estava nua e apresentava ferimentos de faca. Seu corpo foi reconhecido pela família através de tatuagens e piercings.
Além de Maicol, a polícia investiga mais seis pessoas por possível envolvimento no crime, incluindo o ex-namorado de Vitória, um “ficante” da vítima, dois jovens que entraram com ela no ônibus no dia do desaparecimento, dois homens que a assediaram no caminho e um indivíduo que teria emprestado o carro usado no crime.
Até o momento, não há confirmação de que todos os investigados participaram diretamente do homicídio. No entanto, a polícia apura se eles contribuíram de alguma forma, fornecendo informações ou veículos para monitorar a vítima.
As investigações consideram duas principais linhas de motivação para o assassinato: vingança ou ameaça. A polícia busca determinar se a vítima foi alvo de represálias ou se estava sendo ameaçada antes do crime. Há suspeitas de que Vitória possa ter sido mantida em cativeiro antes de ser assassinada e abandonada na mata. A polícia também investiga possível envolvimento de facções criminosas no caso.
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