Um estudo publicado na revista científica Science demonstrou que o Brasil teve dois dos dez piores casos de mega secas registrados entre 1980 e 2018. O fenômeno está se tornando cada vez mais frequente em todo o mundo, de acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

A mega seca, que dura pelo menos dois anos, impactou severamente as regiões da Amazônia e Pantanal. Este último, em 2023, teve redução de 61% da área coberta por água em comparação à média histórica registrada desde 1985.

O mesmo aconteceu com a Amazônia. Também em 2023 o bioma apresentou recorde de seca, situação que ficou ainda pior no ano passado, quando a área afetada pela seca extrema aumentou 2000%.

Já a chamada Amazônia Sul-Ocidental, localizada nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso, é a sétima região com a seca mais grave do mundo, tendo em vista que, entre 2010 e 2018, os rios Madeira, Negro e Solimões atingiram os mais baixos níveis desde 1980.

O fenômeno atingiu ainda a população, pois os baixos níveis dos rios isolaram comunidades ribeirinhas que dependem do transporte fluvial para se locomoverem. 

A seca tornou ainda a floresta amazônica mais vulnerável a incêndios, graças ao estresse hídrico. Como consequência, o número de registros cresceu 30% entre 2015 e 2016, se comparados à média histórica do bioma.

A segunda mega seca registrada no país ocorreu entre 2014 e 2017, no Sudeste. O fenômeno climático causou a maior crise hídrica dos últimos 45 anos. 

Na capital paulista, por exemplo, o Sistema Cantareira teve de operar com menos de 5% da capacidade para atender a população da Grande São Paulo.

*Com informações do G1.

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Last Update: 24/03/2025