Na segunda-feira (3), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão da ajuda militar à Ucrânia após um desentendimento com Volodymyr Zelensky. A medida marca uma mudança na postura americana desde o início da guerra e veio acompanhada de declarações contra o líder ucraniano.
“O presidente deixou claro que está focado na paz. Precisamos que nossos parceiros também estejam comprometidos com esse objetivo. Estamos pausando e revisando nossa ajuda para garantir que ela esteja contribuindo para uma solução”, afirmou um porta-voz da Casa Branca à Reuters.
A tensão aumentou depois que Zelensky declarou que o conflito estava “muito, muito distante” do fim. Trump reagiu no Truth Social, criticando a fala e alertando que os EUA não tolerariam isso por muito tempo. Enquanto isso, o gabinete do líder ucraniano evitou comentar a situação.
Além de interromper o apoio militar, Trump mencionou um possível investimento americano em minerais estratégicos da Ucrânia. Ele descreveu a iniciativa como um “grande negócio” e negou que o projeto estivesse descartado, prometendo novas atualizações em breve.
A crise entre os dois líderes teve início na sexta-feira (28), durante uma reunião na Casa Branca. Trump pressionou por concessões em um possível acordo de paz com a Rússia, enquanto Zelensky rejeitou qualquer flexibilização e chamou Vladimir Putin de “assassino”, apresentando imagens da guerra. A troca de acusações levou à intervenção do vice-presidente J.D. Vance para amenizar o clima.
Inicialmente, a visita de Zelensky a Washington tinha o objetivo de formalizar um acordo sobre exploração de terras raras por empresas americanas. No entanto, diante do confronto, o compromisso foi cancelado, ampliando as incertezas sobre o futuro da cooperação entre os dois países.
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