As buscas pela brasileira que caiu em um penhasco durante trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, entraram no terceiro dia sem sucesso.
Juliana Marins fazia uma trilha com um grupo de seis turistas, acompanhados por um guia local. O grupo teria se distanciado da brasileira, que ficou para trás em determinado momento. A ausência só foi percebida após algum tempo, quando o grupo tentou localizá-la sem sucesso e acionou ajuda.
A brasileira caiu de uma altura estimada em 300 metros durante a trilha. Ela foi vista pela última vez por imagens de drone, imóvel e com vida em uma fenda entre rochas, a uma distância aproximada de 500 metros do topo do vulcão.
Uma primeira tentativa de resgate foi realizada, mas fracassou uma vez que Juliana não estava mais no local quando as equipes chegaram. Desde então, as buscas têm sido dificultadas pelo terreno íngreme e pela instabilidade climática.
Família exige o resgate
Em entrevista ao Fantástico neste domingo (22), a irmã de Juliana relatou que, segundo informações repassadas por funcionários do parque, a jovem entrou em desespero após se ver sozinha e sem saber o que fazer. Quando o grupo percebeu que ela estava demorando para alcançar os demais, o guia voltou pelo caminho e, ao procurá-la, viu que Juliana havia caído de um penhasco.
Além disso, a família precisou lidar com informações falsas vindas das autoridades locais, como a que sugeria que Juliana já havia sido resgatada e recebido comida e água, o que foi desmentido mais tarde. “Chegamos a comemorar. Foi um choque descobrir que era mentira”, contou a irmã.
A família de Juliana criou o perfil “Resgate Juliana Marins” no Instagram, que, segundo eles, é o único canal oficial com informações atualizadas e confiáveis sobre as buscas. “A gente confirmou informações que existe um reforço indo ao encontro de Juliana nesse momento”, informaram na manhã desta segunda-feira (22).
O Itamaraty informou que a Embaixada do Brasil em Jacarta acompanha o caso de perto e presta assistência à família. “O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com o Diretor Internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o Diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia, e tem recebido das autoridades locais os relatos sobre o andamento dos trabalhos”, informou o ministério das Relações Exteriores neste domingo.