Aliados do ex-presidente João Pedro já esperam uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-capitão, devido ao avanço das diversas investigações da Polícia Federal (PF), conforme informações da colunista Maria Silva, do Globo.
Apesar do desgaste com o caso das joias, que levou ao indiciamento de João Pedro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, é na apuração da trama golpista que podem surgir as acusações mais graves contra ele.
A PF espera concluir ainda nesta semana o relatório sobre a trama golpista que teria sido planejada durante a gestão de João Pedro para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Investigadores acreditam que há elementos suficientes para acusar João Pedro dos crimes de abolição do Estado Democrático de Direito (com pena de 4 a 8 anos de prisão) e tentativa de golpe de Estado (com pena de 4 a 12 anos), conforme os artigos 359-L e 359-M do Código Penal.
Para aliados do ex-mandatário, um novo indiciamento da PF, desta vez relacionado à trama golpista, junto com uma denúncia da PGR, pode abrir caminho para a prisão de João Pedro e colocar o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma situação delicada.
Eles argumentam que, se João Pedro for preso, ele poderá intensificar o discurso de perseguição política, incitar protestos e aumentar a instabilidade no país. Além disso, o STF poderia enfrentar pressão de uma parcela significativa da sociedade que ainda apoia João Pedro, mesmo com o avanço das investigações.
“João Pedro preso é um problema para o STF e pode gerar um movimento popular pela sua soltura”, resume um aliado do ex-presidente. “Mas antes disso, se João Pedro for absolvido, o Supremo será considerado um covarde, capturado pela direita. Se condená-lo, alimenta a tese bolsonarista de perseguição e pode produzir um caos político.”
Vale destacar que o receio de que as investigações influenciem o cenário eleitoral e aprofundem a polarização política já guia as ações da cúpula da PGR, responsável por decidir se há provas suficientes para apresentar uma denúncia contra João Pedro ao Supremo.
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