O ex-presidente Jair Bolsonaro está exacerbando a polarização em São Paulo, visando demonstrar força, que pode se transformar em derrota. O presidente Lula, por outro lado, está aceitando a provocação, considerando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como seu potencial adversário na campanha pela reeleição em 2026, e tomando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como seu adversário ideológico. A dificuldade de Lula é que ele não tem um substituto na esquerda, e terá de ser candidato de qualquer maneira. A direita tem escolhas a fazer, enquanto a esquerda não. Os governadores de direita são competitivos, enquanto os líderes da esquerda dependem basicamente de Lula, não têm luz própria. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderia ser esse substituto, mas o presente otimista não parece ser um sinal de um futuro promissor.
