Elon Musk encerrou sua curta e polêmica passagem pelo governo de Donald Trump. O bilionário deixou o cargo de conselheiro especial e líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) nesta quarta-feira (28), dois dias antes do previsto.
O desligamento, confirmado pela Casa Branca, ocorreu sem conversa prévia entre Musk e o ex-presidente, segundo apuração da agência Reuters. Em publicação no X (antigo Twitter), Musk oficializou a saída e agradeceu a Trump pela oportunidade:
“À medida que meu período como Funcionário Especial do Governo chega ao fim, gostaria de agradecer ao Presidente Trump pela oportunidade.”
No início de abril, já se especulava a saída de Musk. Ao ser questionado se deixaria o cargo ao fim do mandato especial de 130 dias, ele afirmou, de forma categórica: “Acho que teremos realizado a maior parte do trabalho necessário para reduzir o déficit em US$ 1 trilhão dentro desse prazo.”
Críticas à política econômica de Trump
Desde o início de sua nomeação, em janeiro, Musk foi um conselheiro atípico. O atrito mais notório envolveu as tarifas de importação impostas por Trump, duramente criticadas pelo CEO da Tesla.
Ainda em abril, Musk foi às redes para alfinetar Peter Navarro, assessor de Trump e idealizador das tarifas, ironizando sua formação: “Um PhD em Economia por Harvard é uma coisa ruim, não uma coisa boa”, escreveu.
Segundo o Washington Post, o empresário tentou intervir diretamente junto ao ex-presidente em conversas privadas, temendo os impactos das medidas sobre a Tesla, cuja estrutura depende de cadeias de produção e consumo tanto nos Estados Unidos quanto na China.
As críticas à política econômica de Trump não vieram apenas do magnata. Seu irmão, Kimbal Musk, também se manifestou contra as tarifas, chamando-as de “imposto estrutural e permanente sobre o consumidor americano” nas redes sociais:
“Quem imaginaria que Trump seria o presidente americano com os impostos mais altos em gerações? Um imposto sobre o consumo também significa menos consumo. O que significa menos empregos“, disse.
