
Mais de um milhão de aposentados e pensionistas já pediram devolução de descontos não autorizados, segundo informou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta quinta-feira (15). O levantamento mostra que, desde a liberação do serviço, foram registrados 1.051.238 pedidos por meio do aplicativo “Meu INSS”.
Na quarta-feira (14), data de início do sistema, o número de pedidos era de cerca de 480 mil. A maioria dos segurados afirmou que não reconhece vínculo com as entidades que efetuaram os descontos, como associações e sindicatos, nem autorizou os repasses.
Além dos pedidos de devolução, o número de acessos ao aplicativo também aumentou de forma expressiva. De acordo com o INSS, cerca de 23 milhões de usuários acessaram o sistema para consultar informações ou verificar se havia descontos indevidos. No dia anterior, os acessos somaram 8,5 milhões.
Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, 41 entidades foram questionadas até o momento. Ele destacou que ainda não há definição sobre a origem dos recursos que serão usados para os reembolsos, mas afirmou que o ideal seria que os próprios fraudadores fizessem a devolução.

Apenas 17.963 segurados afirmaram reconhecer e autorizar os descontos. Esse dado reforça a suspeita de que uma grande parte das cobranças foi feita de forma irregular, afetando diretamente a renda dos beneficiários.
O serviço de contestação está disponível tanto no aplicativo “Meu INSS” quanto na Central de Atendimento 135. Em caso de identificação de desconto indevido, o próprio sistema encaminha a reclamação à entidade responsável, que terá 15 dias úteis para apresentar uma justificativa e mais 15 dias para reembolsar o valor, caso não comprove a autorização.
Os valores não serão creditados diretamente nas contas dos beneficiários. Para garantir mais segurança e evitar novas fraudes, os montantes serão transferidos para o INSS, que ficará encarregado de repassar o dinheiro aos segurados. Waller pediu paciência aos usuários e garantiu que os processos serão acompanhados com atenção.
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