A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 6 de maio o início da análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o quarto grupo de acusados de tentativa de golpe de Estado.
O grupo é composto por Ailton Gonçalves Moraes Barros (major reformado do Exército), Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército), Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal), Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército), Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército), Marcelo Araújo Bormevet (agente da Polícia Federal) e Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército).
Todos são acusados de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades.
Assim como o núcleo 1, que conta com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que se tornou réu nesta quarta-feira (26), o STF analisará se aceita a denúncia pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Os próximos julgamentos também já têm data definida. Os investigados do Núcleo 2, composto por ex-assessores da Presidência da República, policiais e militares, incluindo o general da reserva Mário Fernandes e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, serão avaliados nos dias 29 e 30 de abril. Este grupo teria organizado ações para sustentar a permanência ilegítima de Bolsonaro no Executivo.
Já os militares da ativa e da reserva do Exército e um policial federal, integrantes do Núcleo 3, serão julgados nos dias 20 e 21 de maio. Eles são acusados de planejar ações táticas para efetivar o golpe de Estado.
Próximos passos do processo
Nesta quarta-feira, o STF aceitou a denúncia da PGR e deu início à fase de instrução e ação penal, em que o Ministério Público e defesas podem convocar testemunhas, apresentar provas, pedir diligências e debater teses.
Ao fim deste processo, o STF decidirá se os réus serão condenados ou absolvidos.
LEIA TAMBÉM: