A Polícia Civil de São Paulo finalizou o inquérito sobre a execução de Vinicius Gritzbach e concluiu que o delator do PCC foi assassinado por vingança no Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana da capital, em novembro de 2024. Os investigadores indiciaram seis pessoas, das quais três são policiais militares.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa também pediu a prisão preventiva dos indiciados. Veja a relação, divulgada pela TV Globo:
- Emílio Carlos Gongorra, o Cigarreira – apontado como mandante do crime;
- Diego Amaral, o Didi – apontado como mandante do crime;
- Kauê Amaral – apontado como olheiro do aeroporto;
- Cabo Denis Antônio Martins – apontado como executor;
- Soldado Ruan Silva Rodrigues – apontado como executor;
- Tenente Fernando Genauro – motorista do carro que levou os atiradores até o aeroporto.
Já estão presos, em regime temporário, os PMs Denis, Ruan e Fernand. Os outros indiciados ainda não foram localizados pela polícia.
Os policiais militares, que faziam parte da equipe de seguranças de Gritzbach, foram indiciados por dois homicídios, por duas tentativas de homicídio e por associação criminosa. Se a Justiça condená-los, as penas de cada um podem ultrapassar 100 anos de prisão.
Um motorista de aplicativo foi assassinado por uma bala perdida durante o ataque contra o delator do PCC.
De acordo com o DHPP, Gritzbach foi executado por vingança, porque foi acusado de mandar matar dois integrantes do PCC: Anselmo Santa Fausta o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue.
“A gente tem provas técnicas de que eles (Cigarreira e Didi) são os mandantes do crime”, enfatizou a delegada Luciana Peixoto.
A conclusão da apuração será encaminhada ao Ministério Público, que pode denunciar os indiciados. A investigação reuniu 6 terabytes de material e gerou um inquérito de 20 mil páginas.