Nesta quinta-feira (13), autoridades da Organização das Nações Unidas emitiram um novo relatório alegando que Israel teria realizado “atos genocidas” contra palestinos quando destruiu instalações de saúde sexual e reprodutiva, além de ter violentado sexualmente mulheres, como estratégia de guerra.
“Autoridades israelenses destruíram em parte a capacidade reprodutiva dos palestinos em Gaza como um grupo, inclusive impondo medidas destinadas a impedir nascimentos, uma das categorias de atos genocidas no Estatuto de Roma e na Convenção sobre Genocídio”, declarou a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU.
Ainda de acordo com a Comissão da ONU, Israel teria barrado de maneira intencional a entrada de medicação necessária para gravidez, parto e cuidados neonatais para o principal centro de fertilidade da região. Ações desse tipo, contribuem para o aumento do número de mortes dentro de maternidades, além de ser considerada como um crime de extermínio contra a humanidade.
O relatório também acusa as Forças de Segurança de Israel (FDI), de terem usado a violência sexual como um dos procedimentos operacionais na guerra, desde o inicio da guerra em 2023. Existem relatos de palestinas que afirmam que eram obrigadas a ficar sem roupas em ambientes públicos, além de sofrerem agressões sexuais, reprodutivas e de gênero.
Diante da série de acusações, Israel negou e “rejeitou categoricamente as alegações infundadas“, afirmando que a “FDI tem diretrizes concretas… e políticas que proíbem inequivocamente tal má conduta”, além de acusar a ONU de trabalhar “com uma agenda política tendenciosa e pré-determinada (…) em uma tentativa sem vergonha de incriminar as Forças de Defesa de Israel”.
*Com informações da CNN Brasil.