
O relatório da investigação da Polícia Civil sobre a morte de Vitória Regina de Sousa (17), em Cajamar, na Grande São Paulo, aponta omissões do pai da vítima em depoimento. Segundo o documento, ele apresentou divergências durante as oitivas.
Carlos Alberto de Sousa, pai de Vitória, teve um comportamento estranho e chamou atenção de investigadores. Ele “estaria apresentando preocupações diversas da esperada no momento delicado desde o desaparecimento de sua filha”, segundo o relatório, e pediu um terreno ao prefeito da cidade.
O pai ainda completou diversas ligações ao telefone da filha e omitiu o fato durante o depoimento. Os policiais agora querem cruzar dados obtidos através da quebra do sigilo de dados de Vitória com informações que podem ser acessadas no celular de Carlos.
Segundo a CNN Brasil, Carlos foi incluído na lista de suspeitos do crime. Policiais afirmam que ele apresentou um “comportamento estranho” e que a decisão foi baseada nos “mesmos critérios” dos outros investigados. A defesa do pai diz que vai tentar reverter a situação e chama a inclusão de “absurda”.
Investigadores relatam que Carlos demonstrou “frieza” durante a oitiva e “não teria chorado, se emocionado ou demonstrado tristeza” ao falar sobre a morte da filha.

Até o momento, apenas uma pessoa foi preso por suspeita de envolvimento no assassinato: Maicol Antonio Sales dos Santos. Ele foi detido no sábado (8) e teve o pedido de prisão temporária, por 30 dias, aceito pela Justiça.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) afirmou que existem “fortes indícios” de envolvimento no crime e aponta que seu depoimento teve diversas contradições. Testemunhas também relataram que ele estava próximo ao local onde a vítima foi morta e que seu carro foi visto na região.
Vitória desapareceu no dia 27 de fevereiro após sair do trabalho. Ela foi seguida por dois homens enquanto ia até sua casa de ônibus. Seu corpo foi encontrado na última quarta (5) com a cabeça raspada e sem as roupas.
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