
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para aceitar denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, por participar do ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Ele é sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Quatro dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo já votaram e acompanharam o relator, Alexandre de Moraes, que defendeu tornar Léo Índio réu. Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin apoiaram o colega e resta apenas a manifestação de Luiz Fux.
Moraes votou para tornar Léo Índio réu por cinco crimes: golpe de estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
O julgamento ocorre em plenário virtual e está previsto para terminar nesta sexta (28). A denúncia da PGR diz que o sobrinho de Bolsonaro “registrou e divulgou na internet imagens em frente ao Congresso Nacional, no momento em que participava dos atos de invasão e depredação às sedes dos Três Poderes”.
O órgão ainda aponta que ele “esteve envolvido em outras atividades de cunho antidemocrático, dentre elas as manifestações ocorridas em acampamentos erguidos após as eleições presidenciais de 2022, em frente a unidades militares”.

A defesa de Léo Índio afirma que ele não se envolveu em “qualquer ato de invasão ou depredação de patrimônio público” e que ele estava em uma manifestação pacífica que “evoluiu para um tumulto inesperado”.
O relator do caso, no entanto, concordou com a PGR e disse que Léo Índio “não só participou das manifestações antidemocráticas como também instigou e colaborou ativamente para os atos de depredação ocorridos no dia 08/01/23 contra as sedes dos Três Poderes”.
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